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Médicos em todo o planeta aprovam uso medicinal da maconha

Cresce a cada dia o número de profissionais da saúde a favor do uso da maconha medicinal. Pelo menos é o que indica pesquisa divulgada na semana passada no New England Journal of MedicineSegundo o estudo, que incluiu respostas de 1.446 médicos de 72 países diferentes, 76% aprovam o uso medicinal da canábis, apesar da sua ilegalidade na maior parte do mundo. “Nos surpreendeu o resultado da votação e comentários”, declararam os autores do levantamento.

A maioria dos votos  (1.063) vieram dos Estados Unidos, Canadá e México.

A análise da votação em todas as regiões da América do Norte mostrou que cada estado e província com pelo menos 10 participantes teve mais de 50% de apoio à maconha medicinal exceto Utah, onde apenas 1% dos eleitores apoiaram a maconha medicinal. Já a Pensilvânia representa o extremo oposto, com 96% de 107 votos a favor da legalização da cura.

Fora da América do Norte, a maior participação foi de países da América Latina e Europa, com resultados gerais semelhantes aos da América do Norte, totalizando 78% dos participantes favoráveis ao uso da maconha medicinal. Todos os países com 10 ou mais colaboradores em todo o mundo foram iguais ou superiores a 50% a favor. Havia apenas 43 votos da Ásia e 7 votos da África, sugerindo que naqueles continentes este tópico não ressoa tanto quanto outras questões.

A pesquisa também buscou apontar as origens desse apoio à cannabis medicinal, identificando diferentes perspectivas individuais. Há médicos que se posicionam a favor do uso medicinal da ganja como parte da responsabilidade de aliviar o sofrimento de certos pacientes. Muitos apontam os conhecidos riscos e perigos dos remédios comuns, além de já terem relatados muitos casos de sucesso com a aplicação terapêutica da erva. Os que se opuseram à ideia alegaram falta de evidências, inconsistência da dosagem e a preocupação com efeitos colaterais, a exemplo da psicose.

Um ponto comum no debate foi a questão de saber se a maconha ainda se enquadra dentro da competência dos médicos, ou se a substância deve ser legalizada e os pacientes autorizados a decidirem se desejam utilizar quando indicado. Mas o que importa é que, em suma, a maioria dos médicos em todo o mundo recomenda a cannabis em determinadas circunstâncias. Também não resta há dúvida de que estes resultados – e o aumento contínuo do apoio médicos à maconha – terá um enorme impacto nos diálogos internacionais sobre legalização da maryjuana.

*Fonte: New England Journal of Medicine

 

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