Não faz muito tempo que pesquisadores greengos descobriram o óbvio ululante: nossos ancestrais também se amarravam em queimar um.
Encontrado numa tumba na China, o bud mais antigo do mundo tem aproximadamente 2.700 anos, segundo dados publicados no Journal of Experimental Botany.
Ao todo, foram encontrados 789 gramas da erva enterrados ao lado de um xamã no deserto de Gobi, na China setentrional.
A amostra estava cuidadosamente embalada numa bolsa de pele e depositada ao lado do crânio do xamã que, estima-se, morreu com aproximadamente 45 anos.
Na cultura local da época predominava a ideia de enterrar os mortos com os objetos que lhes fossem mais caros e valiosos – e a partir daí dá pra imaginar que esse xamã foi também um dos mais remotos canabistas de que se tem notícia.
Uso recreativo sim
Uma equipe internacional multidisciplinar comprovou, através de estudos botânicos e análises fitoquímicas, que se tratava de canábis proveniente de uma planta fêmea dotada de propriedades psicoativas – ou seja, certamente não era usada pra fazer corda ou papel, mas sim a cabeça do xamã maconheiro 😀
A hipótese dos pesquisadores é que a maconha provavelmente era utilizada por essa cultura como medicamento e no auxílio aos rituais xamânicos de aconselhamento e adivinhação.
Outra amostra de maconha antiga – mas nem tanto – é esta abaixo, que está em exposição no Hash, Marijuana & Hemp Museum, em Amsterdã.
Como vocês sabem, eu estive lá recentemente e flagrei esse bud de 1924 – e que, pelo aspecto bagaceiro, se assemelha a muita maconha vendida pelas ruas do Brasil Prenpren.
De origem aparentemente alemã, a amostra é dos tempos em que a cannabis era vendida nas farmácias, na mesma época em que as Cigarrillas Grimault faziam sucesso por aqui:
*Fonte: Journal of Experimental Botany; Hash, Marijuana & Hemp Museum
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