O mercado canábico dos Estados Unidos está prestes a ganhar um player de peso. Após conquistar o direito de cultivo, uma tribo indígena localizada de Dakota do Sul está prestes a se tornar pioneira na venda de cannabis no estado.
Os membros da comunidade Flandreau Santee Sioux esperam inaugurar um ponto de venda de maconha para fins recreativos e medicinais até janeiro de 2016, segundo reportagem da Associated Press. A iniciativa está de acordo com uma decisão federal que dá permissão de venda e cultivo de erva para as tribos indígenas do país.
“É uma coisa boa para a tribo aproveitar boom do mercado canábico”, disse o líder indígena Anthony Reider. Ele também informa que a receita obtida com as vendas de maconha – estimadas em mais de US$ 2 milhões – seguirão para projetos comunitários, incluindo a construção de um centro de tratamento para dependentes químicos.
Mas o bizarro nisso tudo é que – fora dos limites da tribo – a cannabis segue proibida para os não-índios. “Fumar maconha é contra a lei em todos os lugares em Dakota do Sul”, reitera Marty Jackley, procurador-geral do estado.
A entrada dos índios na indústria canábica não agrada a todos. Há tribos, por exemplo, que rejeitam a ideia por temerem possíveis consequências à saúde e segurança.
O que não é o caso dos moderninhos líderes da Flandreau Santee Sioux, que possui um cassino instalado na comunidade, chamado Royal River Casino.