Quando se tratam de certos mitos tão arraigados quanto o da “escadinha” das drogas, nunca é demais chover no molhado.
Embora qualquer ser pensante saiba que a maconha não é necessariamente o “primeiro degrau” desta tal escada imaginária – como insistem os proibicionistas há décadas – a ciência também tem ajudado a desvendar tal mito.
Segundo um novo estudo publicado no American Journal of Drug and Alcohol Abuse, os adolescentes fumam maconha motivados por razões muito específicas – e são estas mesmas razões que pautam a decisão de experimentar outras drogas.
Por exemplo, quem começa a fumar maconha pois se sente entediado pode estar mais propenso a também usar cocaína. Já quem busca a erva com objetivo de aumentar a percepção poderá sentir curiosidade de experimentar cogumelos mágicos.
Ou seja: são as MOTIVAÇÕES pessoais de cada um que levarão – ou não – ao uso de determinadas drogas – e não as drogas em si.
“Nós descobrimos que o uso de maconha em si não representa um fator de risco para o uso de outras drogas”, declarou o autor Joseph Palamar, professor assistente na New York University Langone Medical Center.
“Algumas pessoas usam maconha antes de outras drogas, mas isso não significa que a cannabis seja a causa do uso dessas outras drogas”, completou Palamar em reportagem divulgada pelo site Health Day.
A pesquisa foi baseada em dados aferidos por um estudo comportamental intitulado “Monitoring the Future”, que avalia mais de 15 mil alunos do ensino médio ao ano. Foram analisadas informações coletadas entre 2000 e 2011.
Além da maconha, os pesquisadores também avaliaram o auto-relato de consumo de mais oito drogas ilícitas, como cocaína, crack, heroína, LSD, anfetaminas e tranquilizantes entre adolescentes.
Quase 1/3 dos jovens alegaram uso de maconha para aliviar o tédio – afinal, os remédios normais não amenizam a pressão. Destes, 43% se mostraram mais propensos a provar cocaína, enquanto 56% foram mais propensos a utilizar um alucinógeno como o LSD.
Enquanto isso, 1/5 dos adolescentes alegou ter fumado um baseado para atingir a percepção ou compreensão – o que também os faz 51% mais inclinados a experimentar alucinógenos.
Para fechar – e enlouquecer os caretas – entre os jovens que relataram uso de maconha para “experimentar” houve uma diminuição no risco de uso de outras drogas – quer dizer, cá entre nós bons canabistas, pararam ali mesmo!
Afinal, quem utiliza uma boa cannabis – seja na forma de flor ou concentrado – não precisa de muitas outras drogas além de chocolate, café e açúcar na larica!
Clique aqui para acessar o estudo. Já quem quiser saber qual a verdadeira “porta de entrada” para as drogas, vem comigo!