Enquanto muitos jardineiros seguem sendo presos no Brasil por conta de poucas plantas – que o diga Ras Geraldo! – a Anvisa faz a festa dos greengos que estão de olho no promissor mercado da maconha medicinal.
Nesta segunda-feira (21/3), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária autorizou a prescrição médica e a importação, por pessoas físicas, de medicamentos e produtos com canabidiol (CBD) e tetrahidrocannabinol (THC) na formulação, desde que destinados exclusivamente para consumo próprio e para tratamento de saúde.
Através de nota, a Anvisa já avisou que está tomando todas as providências para derrubar a medida, que provém de decisão judicial proposta pelo Ministério Público Federal no Distrito Federal e deferida pelo juiz Marcelo Rebello Pinheiro, da 16ª Vara/DF.
Segundo a entidade, os produtos não foram registrados no Brasil e, portanto, não têm sua segurança e eficácia avaliadas e asseguradas pela – competentíssima, diga-se de passagem! – vigilância sanitária local. “Assim sendo, não é possível garantir a dosagem adequada e a ausência de contaminantes e tampouco prever os possíveis efeitos adversos, o que implica em riscos imprevisíveis para a saúde dos pacientes que os utilizarão, inclusive com reações adversas inesperadas”.
Embora represente um inegável avanço no panorama da cannabis medicinal no país – onde até pouco tempo atrás sequer admitia-se o potencial terapêutico da erva – a medida ainda está longe de suprir a demanda dos pacientes brasileiros. Afinal de contas, não é todo mundo que pode arcar com os altíssimos custos de importação – e, além disso, por que importar algo que é tão simples de ser cultivado e processado?
Clique aqui para ler a íntegra da nota publicada no site da Anvisa.