Uma dica: a maconha não passa nem perto dessa lista!
Quando se trata de classificar e reconhecer os diferentes tipos de drogas, os equívocos e suposições costumam ser regra.
No entanto, apenas com informações precisas é possível aproveitar o potencial terapêutico e reduzir os danos causados por tais substâncias.
Pensando nisso, o psiquiatra britânico David Nutt desenvolveu uma escala para indicar exatamente o quão perigosas e viciantes são algumas drogas.
Para um estudo publicado na revista The Lancet, Nutt convocou dois grupos de especialistas para avaliar os graus de dependência e nocividade das principais substâncias (lícitas ou ilícitas) consumidas em todo o mundo.
A capacidade viciante de cada substância foi aferida segundo níveis de prazer, dependência física e dependência psicológica.
Curioso notar que algumas substâncias legalizadas e amplamente consumidas em todo o mundo – como tabaco e álcool – aparecem na lista, enquanto a tão combatida & inofensiva maconha nem passa perto de qualquer registro de risco à saúde ou dependência.
A seguir, confira as 10 drogas mais viciantes do mundo por ordem de potência (da mais forte para a mais fraca):
1) Heroína
No topo da lista das drogas mais viciantes, a heroína é uma substância opioide obtida a partir das plantas de papoula. Provoca diminuição da atividade do sistema nervoso central, produzindo sensações temporárias de prazer intenso, comparáveis a um orgasmo. A dependência, no entanto, não é nada agradável e inclui severas crises de abstinência.
2) Cocaína
Sintetizada a partir das folhas da coca – planta abundante na América do Sul – a cocaína é uma droga alcaloide popular em todo o mundo. Possui efeitos anestésicos e, ao mesmo tempo, excitantes. O uso contínuo pode desencadear dependência física e psicológica, hipertensão arterial e distúrbios psiquiátricos.
3) Tabaco
Quem diria que aquele cigarrinho tão comum em todo o mundo ocupa o terceiro lugar entre as drogas mais viciantes do mundo! Repleto de aditivos químicos e carregado de pesticidas, o tabaco provoca câncer e é responsável por milhões de mortes.
4) Metadona
Sobretudo nas versões comercializadas no mercado negro, a metadona pode ser ainda mais perigosa. Pertencente ao grupo dos opioides, a substância possui efeitos semelhantes aos da heroína, mas geralmente é consumida por via oral. É indicada para tratamento de dores crônicas e de origem oncológica.
5) Barbitúricos
Consistem em um amplo grupo de substâncias depressoras do sistema nervoso central, com propriedades antiepiléticas, sedativas e hipnóticas.
6) Álcool
Eis aqui, entre as substâncias mais viciantes do mundo, mais uma droga legalizadíssima – e cujo uso é estimulado em todo o mundo. Capaz de matar por overdose, o álcool é um depressor do sistema nervoso central que causa dependência física e psicológica, além de uma série de outros problemas, incluindo agressividade, impotência sexual, doenças hepáticas, etc.
7) Benzodiazepínicos
Os benzodiazepínicos são fármacos ansiolíticos utilizados como sedativos, hipnóticos, relaxantes musculares e anticonvulsivantes. Causam depressão do sistema nervoso central e, em doses mais altas, podem levar ao coma. Costumam ser muito receitados por psiquiatras de todo o mundo para tratar quadros de ansiedade, depressão e síndrome do pânico. Vide Rivotril, entre outros..
8) Anfetaminas
As anfetaminas são drogas estimulantes do sistema nervoso central, fazendo o cérebro trabalhar mais rápido. Os usuários ficam mais “ligados”, com “menos sono”, “elétricos”, etc. São muito utilizadas por motoristas profissionais, médicos e estudantes que precisam passar as noites em claro exercendo seus ofícios. Podem causar intoxicação e sérios prejuízos à saúde, sobretudo de pessoas com quadros prévios de problemas cardíacos ou de pressão e que façam uso prolongado ou excessivo da droga.
9) Buprenorfina
Assim como a metadona, a buprenorfina é utilizada no tratamento da dependência de opioides – e pelo visto causa tanta dependência quanto!
10) Ketamina
Poderoso anestésico capaz de elevar a energia ou entorpecer completamente, a depender da quantidade consumida. A longo prazo, o uso da substância – também conhecida como “special K” – pode causar ansiedade, depressão, pensamentos suicidas e perda de memória.
*Fotos: Bradenton Herald, Daily Record