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O potencial nutracêutico das sementes de maconha

A maconha é uma planta utilizada há milênios como fonte de alimento e com propósito medicinal. Agora, pesquisadores desvendam a combinação destes dois potenciais na chamada nutracêutica.

A nutracêutica é um campo de estudo relativamente novo. O termo foi criado em 1989 por Stephen DeFelice, na junção das palavras “nutrição” e “farmacêutica”. A nutracêutica estuda as propriedades medicinais de componentes encontrados em alimentos vegetais, tais como frutas, legumes, sementes, folhas e raízes, com o intuito de prevenir e tratar doenças.

As sementes de maconha têm chamado atenção no campo da nutracêutica devido à grande quantidade de compostos que podem beneficiar a saúde. As sementes podem ser consumidas em sua forma natural ou processadas em óleo, farelo ou farinha.

Estudos já demonstraram que elas são uma excelente fonte de lipídios, carboidratos, fibras insolúveis e proteínas, e que contém todos os aminoácidos essenciais e ácidos graxos na quantidade e proporção adequadas para a demanda da dieta humana.

Além de tudo, as sementes de maconha possuem polifenóis, flavonoides e flavonóis, que as tornam um alimento antioxidante valioso. Confira na tabela abaixo os principais componentes das sementes de maconha e alguns benefícios para a saúde.

Sementes de maconha.

Componente Propriedades
Lipídios (25%-35%) dos quais mais de 80% são ácidos graxos poliinsaturados, principalmente ácido linoleico Os lipídios são fonte de energia para as funções do organismo. Os ácidos graxos poliinsaturados ajudam a aumentar as taxas do “colesterol bom” (HDL), que auxilia na prevenção de doenças cardiovasculares.
Proteínas (20%-25%) As proteínas são necessárias no organismo para a manutenção das funções vitais e produção/manutenção dos ossos, músculos e pele.
Carboidratos (20%-30%) Os carboidratos são a principal fonte de energia do organismo.
Fibras insolúveis (10%-15%) As fibras insolúveis dão volume ao bolo fecal e ajuda os alimentos a passarem mais rapidamente pelo estômago e pelos intestinos, prevenindo a prisão de ventre.
Fósforo A principal função do fósforo em nosso organismo é a formação de ossos e dentes. Além disso, ele também atua na conservação e reparação de células e tecidos, funcionamento dos rins, contração muscular, e produção de energia.
Potássio O potássio é necessário para a produção de proteínas, metabolização e uso de carboidratos, produção de tecido muscular, manutenção do crescimento corporal normal, e para o controle da atividade elétrica do coração.
Sódio O nosso organismo utiliza o sódio para controlar a pressão arterial, o volume sanguíneo, e para manter o funcionamento dos músculos e sistema nervoso.
Magnésio O magnésio é necessário para mais de 300 reações bioquímicas em nosso organismo. Ele é necessário para o funcionamento normal do sistema nervoso, muscular e imunológico. O magnésio também ajuda a regular os níveis de glicose no sangue e na produção de energia e proteínas. Além disso, ele pode auxiliar na prevenção da pressão alta, doenças cardíacas e diabetes.
Cálcio O cálcio é um dos minerais mais importantes para o corpo humano. Ele ajuda a formar e a manter dentes e ossos saudáveis, e níveis adequados de cálcio no organismo ao longo da vida pode ajudar a prevenir a osteoporose.
Ferro O corpo humano precisa de ferro para produzir as proteínas transportadoras de oxigênio, hemoglobina e mioglobina. A manutenção de níveis adequados de ferro no organismo previnem a anemia ferropriva.
Zinco O zinco é necessário para o bom funcionamento do sistema imunológico, e atua nos processos de divisão e crescimento celular, e na cicatrização de feridas. A suplementação com zinco reduz o risco de pegar resfriado.
Vitamina E (90 mg/100 gr) A vitamina E é um antioxidante. Ela atua no sistema imunológico e em processos metabólicos.
Polifenóis, flavonóides e flavonóis Os polifenóis, flavonóides e flavonóis também são antioxidantes e combatem os radicais livres. Dessa maneira, eles podem contribuir para retardar o processo de envelhecimento, e na prevenção de doenças como câncer, diabetes e doenças cardíacas.

 

* Por Lia Esumi: Bióloga, MS/PhD em Psicobiologia e colaboradora no Maryjuana.

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