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Multidão se manifesta pela legalização da maconha em Berlim

Sob o slogan ‘Esclarecimento em vez de proibições’, ativistas de Berlim apresentaram argumentos pela descriminalização da Cannabis sativa, de usos medicinais e industriais até a perspectiva de impostos bilionários para o Estado.

Na Alexanderplatz de Berlim, milhares se reuniram neste sábado (11/8) para a 22ª Parada da Cannabis. Sob o slogan “Esclarecimento em vez de proibições”, os manifestantes exigiam a legalização do cânhamo, a planta que produz a maconha, entre numerosos outros usos.

A associação organizadora, Deutscher Hanfverband, registrou 6 mil participantes, o que faria da passeata a maior da Alemanha pela liberação da planta como matéria prima, medicamento e droga recreativa.

O cânhamo ou Cannabis sativa é uma das plantas cultivadas mais antigas. Suas sementes, fibras, folhas e flores têm um grande número de usos tradicionais e industriais, desde a culinária e a medicina à cosmética e produção de cordas, papel e têxteis. A maconha são suas flores e folhas secas, que contêm alta concentração da substância psicoativa tetra-hidrocanabinol (THC).

“Imposto de mágica” bilionário para o Estado?

Acima de um “baseado” gigante montado sobre um carro, os ativistas de Berlim prometiam um “imposto de mágica”. Seu argumento é que, no caso da legalização, o Estado poderia arrecadar bilhões de euros em taxas sobre a maconha.

As faixas e cartazes transmitiam mensagens como “Sem erva não tem graça”, “Diga não à narcopolícia” e “Maconha nos campos, salvem as florestas”. Música animada reforçava a atmosfera festiva.

“Até hoje há berlinenses que perdem a licença de motorista só porque foram apanhados com cannabis em casa, no parque ou em algum outro lugar”, comentou o chefe da bancada estadual do Partido Verde, Werner Graf, exigindo o fim desse estado de coisas, em nível federal.

Durante a tarde a passeata seguiu pelo bairro do governo, e diante do Ministério da Saúde foi entregue uma “Declaração de Berlim”, exigindo, entre outros pontos, a descriminalização dos “maconheiros”. Segundo a polícia, a manifestação transcorreu sem incidentes.

*Fonte: Deutsche Welle

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