Vaporizar na cadeia é a nova tendência em Kentucky, nos Estados Unidos, onde um carcereiro criou um vape específico para detentos.
Cigarros (convencionais e eletrônicos) costumam ser proibidos na maioria das prisões norte-americanas, causando abstinência nos internos tabagistas e, consequentemente, gerando ainda mais clima de estresse.
Foi pensando nisso – e na sua própria segurança e a de sua equipe – que Jamie Mosley, carcereiro da Laurel County Jail, em Kentucky, surgiu com uma solução inovadora. Ele criou o Crossbar, um vaporizador projetado especificamente para os presos.
Em recente entrevista para a Vice News, Mosley declarou que “estava apenas tentando resolver um problema dentro do meu trabalho”.
O agente penitenciário ressaltou o fato de que a proibição do tabaco gera enormes problemas para os carcereiros, que precisam lidar com as situações de tensão entre os detentos – muitos sofrendo de abstinência de outras drogas também.
“É desesperador”, relatou o detento do condado de Laurel, Joshua Wagers, sobre a retirada abrupta da nicotina. “Você pode imaginar o que é fumar dois maços de cigarro por dia para, de repente, nada”.
Vape para presos
Criado em 2012, o Crossbar possui total segurança para uso na cadeia. Isso significa que toda a estrutura e componentes do vaporizador são incapazes de gerar combustão ou serem utilizados como arma.
Mas não é só a empresa de Mosley que está lucrando com isso. As 33 penitenciárias que atualmente permitem o seu uso também estão faturando alto com a invenção. Vendidos no atacado por cerca de US$ 3 dólares, os vapes são revendidos aos presos por cerca de US$ 10 a US$ 15 cada.
“O Crossbar é uma ferramenta e foi projetada para o benefício das instalações penitenciárias”, disse Mosley. “E se isso ajuda os presos a cooperarem e mantém meus oficiais mais seguros, acho então que é uma vantagem para todos.”