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Estudo brasileiro investiga benefícios da maconha no tratamento de Alzheimer

Um pesquisa da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) mostrou que o óleo da cannabis, usado na medida certa, foi capaz de reduzir os impactos gerados pelo Alzheimer até reverter boa parte dos danos relacionados à memória do idoso Delci Ruver, morador de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.

“A progressão da doença não aconteceu mais a partir do uso desse medicamento e ele também teve reversão dos sintomas que apresentava, como por exemplo, ele readquiriu a autonomia dele, […] consegue fazer as suas atividades do dia a dia. Consegue sair de casa sozinho sem ter alguém monitorando e isso deu um incremento muito grande na qualidade de vida do paciente”, afirmou a pesquisadora Ana Carolina Martins.

Esse resultado permitiu mais um avanço importante. Agora 28 novos pacientes estão participando da pesquisa. Um grupo recebeu o extrato de cannabis e outro placebo, que é uma substância sem efeito no organismo.

As primeiras análises dos dados desse grupo, de acordo com os pesquisadores, já são promissoras.

“Nós não finalizamos a parte estatística ainda, mas o que eu posso adiantar é que a maior parte dos pacientes se encontram estáveis. […] A maioria dos pacientes está estável de acordo com a doença que eles estavam antes do início do tratamento, o que é um resultado muito bom. Esse é o principal objetivo do estudo, mostrar que a cannabis pode retardar ou impedir o avanço da doença. O alzheimer é uma doença degenerativa, crônica, mas também rápida, então o paciente que está estável há um ano, ano e meio, já é um resultado muito positivo”, explicou outro pesquisador Francisney Nascimento.

Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, cerca de um milhão e 200 mil pessoas vivem com alguma forma de demência e 100 mil novos casos são diagnosticados por ano. O alzheimer atinge principalmente pessoas acima de 65 anos de idade.

Tratamento pioneiro

Para Delci Ruver, paciente pioneiro na pesquisa, o tratamento continua. Agora com um médico da família e com o apoio de uma associação que tem autorização para fornecer o medicamento a base de cannabis.

“O pessoal admira, fala que eu mudei muito de uns tempos para cá, porque eu falava as coisas e depois de um tempo eu me esquecia do tinham falado”, comentou animado o idoso.

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