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Romênia legaliza uso medicinal da maconha

Poucos meses depois da República Checa e da França, o governo da Romênia juntou-se ao grupo de países europeus que autorizam o tratamento de doenças com medicamentos derivados da maconha. Com isso, o país transformou-se no décimo da União Européia a permitir o uso terapêutico da erva.

Para a aprovação da lei, foi decisivo o ativismo de várias famílias com crianças que padecem de uma forma rara e incurável de epilepsia, o síndrome de Dravet, relata o portal de informação romeno Gandul.

A comunidade uniu-se para angariar fundos para a investigação, que recententemente confirmou descobertas que classificam de “autênticos milagres”, por terem melhorado a qualidade de vida das crianças, submetidas desde sempre a tratamentos convencionais falhos.

A partir de agora, uma agência do governo irá autorizar os produtores a comercializarem a canábis medicinal, embora prossiga a penalização do consumo recreativo de canábis em território romeno. Em junho passado, a França também passou a autorizar derivados de canábis para uso medicinal, sucedendo a uma decisão idêntica no início do ano pela República Checa.

Os bons resultados  terapêuticos em casos de câncer, esclerose múltipla, psoríase ou doença de Parkinson, entre outras, e o avanço na investigação das propriedades da canábis no tratamento e alívio de sintomas de muitas doenças, tem também atraído o interesse das grandes farmacêuticas, como a GW e a Bayer, que comercializam o spray Sativex. Nos EUA, as farmacêuticas vêm pressionando Washington para reclassificar a planta da canábis ao nível da canábis sintética Marinol, até porque a maioria dos doentes de câncer diz sentir mais melhorias fumando o que plantam, em vez de tomar os comprimidos Marinol.

No entanto, a política da Casa Branca sobre drogas não faz antever esse passo simbólico, que seria o assumir do embuste de décadas de propaganda sobre os malefícios da planta. Em todo o caso, com o recente fim do prazo da patente do Marinol, há muitos estudos em marcha para alargar o uso da canábis sintética no tratamento de mais doenças no futuro próximo. Por outro lado, as farmacêuticas sabem que por aqui passa uma fatia importante dos lucros do setor, desde que livre da concorrência dos próprios doentes que pretendam cultivar canábis em casa ou através das suas associações.

*Fonte: Esquerda.net

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