Não é de hoje que a maconha é utilizada no tratamento do câncer. Recente descoberta arqueológica comprovou que as propriedades terapêuticas da erva já eram conhecidas há muito tempo por civilizações pré-cristãs.
Segundo pesquisa lançada na Rússia, a princesa Ukok – uma jovem mulher cujo corpo foi conservado no gelo por mais de 2.500 anos após sua morte – teria utilizado cannabis para tratar um tumor no seio.
A múmia em bom estado de conservação foi encontrada pelos investigadores nas estepes geladas do planalto de Ukok.
No local também foram encontrados diversos pertences e até mesmo animais que foram enterrados com a donzela, incluindo três cavalos, uma bolsa com cosméticos, joias, um espelho com moldura chinesa e um recipiente cheio de maconha.
Os pesquisadores estipulam que a mulher tinha entre 25 e 28 anos de idade quando morreu. Embora não se saiba ao certo ainda se foi o câncer de mama que a matou, eles acreditam que a maconha tenha sido utilizada como remédio.
“Talvez o uso de maconha tenha sido uma necessidade forçada devido ao avanço do câncer”, comentou a professora de arqueologia Natalia Polosmak
Uma hipótese é a de que, por causa da roupa de alta qualidade com que foi enterrada – além de todas as características da tumba – a princesa de Ukok tenha sido uma espécie de xamã, cujos transes podem – ou não – ter sido influenciados pela cannabis.
Segundo os pesquisadores, o povo da época percebia seu estado alterado de consciência. “Com isso atribuíram-lhe a capacidade de se comunicar com os espíritos ancestrais”, explica Natalia.
A princesa de Ukok também ficou famosa pelas diversas tatuagens que foram detectadas incrivelmente conservadas em seus restos mortais.
Este não é o primeiro registro o uso de cannabis por civilizações pré-históricas.
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*Fonte: The Siberian Times
** Tradução: Maryjuana