Somos mães que buscamos incansavelmente por um alívio para a dor de nossos filhos e que possa tirá-los do risco de morte.
Quando finalmente encontramos uma planta que nos oferece a possibilidade de testarmos várias espécies à procura da melhor resposta, o Estado proibicionista nos impõe um sistema engessado em burocracias e importações de produtos, muitas vezes com suspeita de origem duvidosa.
Como mães, devemos ter o direito de escolha do tratamento de nossos filhos e temos o dever de seguir nessa busca constante pelo direito fundamental à saúde de nossas famílias!
Ninguém pode nos negar isso. Produtos importados e ações judiciais não nos asseguram o acesso ao medicamento, o que nos força à desobediência civil para garantirmos o bem-estar dos nossos filhos. Apenas o auto-cultivo de maconha é capaz de garantir o acesso com igualdade, então chegou a hora de lutar pelos nossos direitos!
Por isso, convoco todas as mães, pais e pessoas que acreditam no direito igualitário à saúde a comparecerem na Marcha da Maconha 2016 em suas cidades. Chegou a hora de mostrar a nossa dor e a nossa força imbatível de mães.
Vamos marchar todos juntos e de cabeça erguida! Não somos criminosos e a nossa esperança nasce de uma simples e inofensiva flor!
Mais do que nunca, precisamos de união para enfrentar o que está por vir! A luta será grande, mas jamais abaixaremos a cabeça.
Nos vemos nas ruas.
*Por Cidinha Carvalho, ativista e mãe da Clárian, de 13 anos, portadora da Síndrome de Dravet e paciente de cannabis medicinal.
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