Descubra como agir rapidamente para proteger seu pet e evitar acidentes relacionados à cannabis.
Se você é um tutor de pet e entusiasta da erva, já deve ter se perguntado: “E se meu cachorro comer maconha acidentalmente?”.
Embora a erva tenha diversas propriedades medicinais comprovadas para humanos, no caso dos cães, a história é completamente diferente. A ingestão acidental de cannabis por animais de estimação pode trazer sérios riscos à saúde deles – e a melhor forma de evitar esse problema é através da prevenção.
Pensando nisso, neste artigo você encontrará informações sobre o que fazer caso seu cão consuma maconha, os riscos envolvidos e como proteger seu amigo de quatro patas desses acidentes.
Por que a maconha é perigosa para cães?
Principal substância psicoativa da maconha, o THC (tetrahidrocanabinol), é altamente tóxico para os pets. Isso acontece porque o sistema endocanabinoide dos cães é muito mais sensível ao THC do que o dos humanos, resultando em reações adversas mesmo com doses pequenas.
Além disso, quando se tratam de produtos comestíveis à base de maconha – que facilmente atraem a gula desenfreada dos bichinhos – geralmente há diversos outros ingredientes nocivos associados, como chocolate e xilitol, ambos tóxicos para cães. Por isso, o consumo de comestíveis aumenta ainda mais os riscos.
Sintomas de intoxicação por maconha em cães
Os sinais de intoxicação podem aparecer entre 30 minutos e algumas horas após o consumo. As principais reações adversas incluem:
- Letargia ou sonolência extrema;
- Desorientação ou falta de coordenação;
- Vômito ou salivação excessiva;
- Incontinência urinária;
- Aumento da sensibilidade a sons e luzes;
- Tremores ou convulsões (em casos graves).
É importante lembrar que, embora rara, a intoxicação grave pode ser fatal, especialmente se o cão ingerir grandes quantidades de THC ou comestíveis com ingredientes tóxicos.
O que fazer se seu cachorro ingerir maconha?
1. Mantenha a calma e avalie a situação
Descubra quanto e qual tipo de maconha foi consumido (flor, óleo, comestíveis, etc.). Informações como dosagem e ingredientes são essenciais.
2. Entre em contato com o veterinário imediatamente
Mesmo que os sintomas pareçam leves, nunca tente tratar o animal em casa sem orientação profissional. Seja transparente com o veterinário para garantir o tratamento adequado.
3. Não induza o vômito sem orientação
Produtos comestíveis, por exemplo, podem causar ainda mais danos ao subir novamente pelo trato digestivo. Deixe que o veterinário determine a melhor abordagem.
4. Mantenha o ambiente calmo
Enquanto aguarda atendimento, deixe o cachorro em um local silencioso e confortável para reduzir estímulos que possam agravar os sintomas.
5. Hidrate, mas com moderação
Ofereça água ao pet para evitar a desidratação, mas não force o consumo.
Prevenção: mantenha a maconha longe dos pets
A melhor forma de proteger seu cachorro é impedir o acesso à cannabis.
Confira algumas dicas práticas:
- Armazene produtos de maconha em locais seguros e fora do alcance dos pets;
- Utilize recipientes com travas à prova de cães para guardar flores, óleos ou comestíveis;
- Evite fumar perto do animal, já que a fumaça também pode afetá-lo;
- Eduque as visitas sobre a importância de manter seus produtos de maconha guardados ao visitar sua casa.
Maconha medicinal e pets: cuidado redobrado
Embora o CBD (canabidiol) seja seguro e amplamente utilizado em tratamentos veterinários, é essencial entender que produtos à base de cannabis para humanos podem conter THC.
Por esse motivo, sempre opte por produtos veterinários certificados e consulte um profissional antes de administrar qualquer suplemento ao seu cão.
Conscientização e proteção acima de tudo
Acidentes acontecem, mas agir rapidamente pode salvar a vida do seu pet. Se o seu cachorro ingerir maconha, procure ajuda veterinária imediatamente e nunca subestime os sintomas, por mais leves que pareçam.
Proteger seu amigo peludo começa com a conscientização e o armazenamento seguro dos seus produtos de cannabis.
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*Por: Redação Maryjuana