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PM reprime Marcha da Maconha em Maceió

Incredulidade, nojo e revolta. São estes os únicos sentimentos que restam depois de tomar conhecimento do absurdo cometido pela Polícia Militar de Alagoas, que reprimiu de forma desnecessariamente violenta a Marcha da Maconha de Maceió, que ocorreu no último domingo (31/5).

Quem conhece o ativismo canábico, sabe: a nossa maior bandeira é paz! Então nada justifica o fato de policiais despreparados despejarem sua fúria em forma de balas de borracha, bombas de gás lacrimogênio e golpes de cassetete em cima das centenas de manifestantes pacíficos, incluindo muitas mulheres, idosos e crianças.

O ataque ocorreu, segundo os organizadores do ato, ao final da passeata, no Posto 7, na Jatiúca, local onde estava marcado para acontecer apresentações culturais. De acordo com a reportagem do G1, algumas pessoas ficaram feridas e pelo menos oito foram detidas e encaminhadas para o Complexo de Delegacias Especializadas (Code) da Polícia Civil.

No vídeo a seguir é possível acompanhar o momento do embate com a PM:

Entre os detidos estão dois professores universitários, estudantes e até mesmo um advogado que tentou defendê-los e foi preso por “desacato”.

Segundo testemunhas, os professores sequer participavam da marcha, mas tentaram intervir para evitar que os manifestantes apanhassem dos policiais da Radiopatrulha e do Batalhão de Operações Especiais (Bope) que estavam no local.

Segue parte do relato de uma das professoras que foi agredida ao tentar defender outros dois colegas que acabaram sendo detidos:

“Embora sejamos apoiadores da causa, não estivemos desde o início com a marcha. Ao contrário, chegamos ao final dela. Um olhar mais afoito poderia descrever o que vimos como um cenário de guerra. Não foi uma guerra. A agressão foi absurdamente desproporcional. Tiros de bala de borracha em todas as direções, contra adolescentes, crianças, adultos, ou quem quer que andasse sobre duas pernas. Não vi nenhum cadeirante ou pessoa com dificuldade de locomoção na passeata. Suspeito que a legitimidade dita pelo Comando da Polícia Militar, não contemple o direito de manifestação dessas pessoas. Porque correr em uma situação dessas é a única coisa que a gente pode fazer. E bem rápido.”

O mais incrível nisso tudo é que a Polícia Militar de Alagoas demonstra completa ignorância sobre suas funções e, principalmente, sobre uma já antiga decisão do Supremo Tribunal Federal autorizando a realização das marchas.

E, pra completar, a truculência teve o apoio do coronel, ops, secretário de Estado da Defesa Social, Alfredo Gaspar, que aplaudiu & ratificou a ação covarde da PM, tudo em nome da moral e dos bons costumes, claro.

Justamente em um dos estados com os maiores índices de homicídio do país, fica a dúvida: por que a PM & seu excelentíssimo secretário-defensor não utilizam seus agentes e arsenal bélico para combater os VERDADEIROS criminosos, em vez de atacar inocentes que estão apenas exercendo seu direito à democracia?

Clique aqui para se indignar com outro vídeo comprovando a atitude criminosa dos policiais alagoanos.

Em nome da equipe Maryjuana, manifesto nosso TOTAL REPÚDIO à Polícia Militar e ao governo de Alagoas, que conduziram essa vergonhosa ação contra um movimento pacífico e AUTORIZADO PELO STF. Que a Justiça prevaleça e estes covardes sejam devidamente autuados pela covardia que cometeram contra os manifestantes. Pela legalização da maconha, o fim do coronelismo e a extinção da Polícia Militar JÁ, pois só assim o Brasil poderá vivenciar algum tipo de “ordem e progresso”. “Nossa vitória não será por acidente”!

*Fotos: G1

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