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#momento420: CACHAÇA DE MACONHA

Batizada com o singelo nome de “Pitúconha”, uma cachaça artesanal fabricada no sertão está dando o que falar após virar tema de matéria da Folha de São Paulo. Produzida na cidade de Cabrobó – a 531 km no Recife, na região conhecida como “polígono da maconha” – a iguaria leva raiz de cannabis em sua composição.

A paródia canábica da famosa Cachaça Pitu – cuja logomarca é um sugestivo camarão – custa cerca de R$ 30 a garrafa de 965 ml. Mas também é possível degustá-la em doses servidas em bares e carrinhos que vendem espetinhos de carne. Alçada à condição de souvenir, a birita já chegou a ser arrematada por R$ 200 em um leilão em Recife.

Sem medo da repressão, o rótulo informa se tratar de “aguardente de cana adoçada com raiz de maconha”. Um poético conselho completa as informações da embalagem: “O Ministério do Transporte adverte: o perigo não é um jumento na estrada. O perigo é um burro no volante”.

Segundo reportagem da Folha, as raízes utilizadas na fabricação da bebida seriam removidas do que restam das operações policiais de erradicação dos famosos campos de maconha da região. A Polícia Federal, inclusive, já teria realizado perícia no produto e encontrado pequenas concentrações de THC.

“Se você for levar ao pé da letra, seria crime [a comercialização da raiz e, consequentemente, da bebida] porque tem o princípio ativo. Só que a concentração é baixíssima. É uma questão que ainda não se tem uma posição definida”, afirma Carlo Correia, chefe da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Polícia Federal em Pernambuco. “A lei não especifica a quantidade de THC. A questão é de ordem prática: a concentração é muito pequena. Não existe uma repressão sistematizada até hoje”, diz o delegado.

O delegado conta ainda que há quem peça as raízes aos policiais para tratar dor na coluna, problemas de estômago e asma. No entanto ele proibiu que os agentes transportem as raízes, que ao contrário do restante da planta normalmente não são incineradas.

 

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