“Pode chover/ pode molhar/ o nosso beque/ não vai apagar” – foi este o grito de guerra que imperou durante a sétima edição da Marcha da Maconha de Florianópolis. E não foi por acaso: sob a chuva insistente que caiu durante toda a tarde de sábado (31/5), os determinados manezinhos marcharam sem deixar a peteca cair – ou a brasa molhar.
“Parece que São Pedro é careta ou não gosta da gente” – desabafou Lucas Lichy, presidente do Instituto da Cannabis e responsável pela organização do evento. Pelo segundo ano consecutivo, o tal santo meteorologista tentou abafar o fumacê na Ilha da Magia despejando toda água que havia no céu – mas não conseguiu.
Decididos a marchar apesar de qualquer intempérie, a galera reunida no trapiche da Avenida Beira Mar Norte seguiu seu destino debaixo de capas de plástico e guarda-chuvas.
Com o passo um pouco mais apressado do que o normal por causa da chuva e do frio, a galera percorreu todo o trajeto interagindo alegremente com os motoristas que circulavam pela movimentada avenida. Em meio a buzinas e acenos, ficou claro que o povo de Flowernópolis simpatiza com a causa. Afinal, estamos falando diretamente da única capital do Brasil que tem FLOR até no nome! 😉
Sem a presença da polícia, os baseados queimaram livremente e tudo transcorreu na maior alegria e umidade possíveis. “Temos certeza de que, se não fosse a chuva que caiu durante todo o dia, esta teria sido a maior Marcha da Maconha da história de Floripa”, completou Lichy.
Ao final do evento, a impermeável equipe do MaryJuana Blog não pôde deixar de notar uma curiosa placa que, muito além de sinalizar a única opção de larica do local, infelizmente remete à triste realidade da maioria dos maconheiros brasileiros: o inevitável “prensadão”.
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*Imagens: Abayomi Sagaz, Mariana Marques, Karu Kush e Marcelo Groo