Em 2014, o Canadá deu um importante passo na regulamentação da maconha, ao permitir a produção de maconha medicinal. Os cultivos são mantidos por empresas licenciadas e todas as colheitas passam por testes feitos pela Health Canada, agência governamental responsável pela aplicação do programa de Regulamentações da Maconha para Fins Médicos – ou Marihuana for Medical Purposes Regulations (MMPR).
Ao analisar uma amostra de flores submetida por uma das empresas que possuem autorização de plantio, a Peace Naturals Project, a entidade solicitou o primeiro recall de maconha de 2015. O motivo: a erva questão – chamada Nyce N’ EZ – era mais potente do que o indicado no rótulo.
Segundo reportagem do Huffington Post, a embalagem indicava 9% de THC, enquanto os testes realizados pelo Health Canada acusaram 13,7% do canabinoide responsável pelos tão adorados efeitos psicoativos da maconha.
Com sede em Ontario, a Peace Naturals Project voluntariamente recolheu dois lotes do produto após a divulgação do recall. Apesar de tudo, nenhum paciente havia manifestado qualquer tipo de queixa sobre o produto.
Este não foi o primeiro recolhimento de maconha feito no Canadá. Desde que entrou em vigor a produção de maconha em escala comercial, em abril do ano passado, pelo menos quatro ocorrências do tipo já foram registradas pela agência de saúde do país.
A própria Peace Naturals já havia sido acionada anteriormente, em dezembro de 2014, devido a amostras de erva contendo “níveis inaceitáveis de bactérias”.
Com isso, o Canadá segue firme no propósito de controlar a qualidade da maconha em circulação no mercado segundo os mesmos critérios que regem empresas farmacêuticas em geral.