O termo THC (tetrahidrocanabinol) é muito familiar para todos os maconheiros – ou até mesmo leigos – que se prezem. Mas o que pouca gente sabe é que a planta é rica em outros canabinoides que possuem nomes semelhantes, a exemplo do THCV – que já foi tema de outro post por aqui – e o THCA, que conheceremos agora.
Também chamado de ácido tetrahidrocanabinólico, o THCA consiste num precursor do THC. Apesar da semelhança entre os nomes, o THCA não possui efeitos psicoativos, mas é repleto de propriedades anti-inflamatórias e neuroprotetoras.
Encontrado em abundância nos tricomas da cannabis fresca e ainda viva, o THCA lentamente se converte em THC após a colheita e o processo de secagem das flores. Quando se acende o baseado, o calor também acelera esta conversão, dando origem a um processo conhecido como descarboxilação.
Trata-se, ainda, de um dos canabinoides mais abundantes encontrados na planta, representando cerca de 20% a 30% do peso total das amostras.
Mas, afinal, para que serve o THCA?
Embora ainda não existam muitas pesquisas sobre o tema, há estudos preliminares que sugerem diversas propriedades medicinais do THCA. A começar pelos efeitos anti-inflamatórios capazes de tratar doenças como lúpus, artrite reumatoide e até mesmo o câncer de cólon.
Dotado de propriedades neuroprotetoras, o canabinoide apresenta eficácia no tratamento de doenças neurodegenerativas, incluindo Mal de Parkinson e doença de Alzheimer, entre outras.
Há ainda pesquisas que apontam efeitos anti-eméticos que combatem sintomas como perda de apetite e náuseas e enjoos.
Por fim, o THCA também possui propriedades anti-proliferativas observadas em estudos sobre câncer de próstata.
Como consumir o THCA?
Por via de regra, toda strain rica em THC – mas que ainda não sofreu o processo de descarboxilização, seja no processo de secagem ou queima – também possui níveis abundantes de THCA na planta fresca.
Assim sendo, o ideal para aproveitar todo o potencial do canabinoide é consumir a cannabis recém-colhida, como em sucos ou chás.