Parte fundamental da nossa história, a cultura canábica está cada vez mais enraizada na América do Sul.
Em dezembro de 2016, precisamente no dia 6/12, foi inaugurado no Uruguai um museu permanente dedicado à maconha.
Primeiro do gênero na América Latina, o Museu da Cannabis de Montevideo tem como objetivo apresentar o histórico de uso – e proibição – da planta mais (injustamente) combatida no planeta.
Instalado na área central da capital uruguaia – mais precisamente no bairro Palermo – o espaço abriga uma variedade de objetos, documentos e demais itens relacionados à maconha.
O objetivo é conduzir os visitantes a uma “viagem por diversas facetas de uma das plantas mais importantes do mundo, tanto por suas propriedades medicinais como pela importância histórica”, afirma Eduardo Blasina, diretor do museu.
O local conta com apoio do Hash Marihuana & Hemp Museum, de Amsterdã, que cedeu alguns dos materiais expostos no local.
Convidada para a inauguração do museu, a equipe Maryjuana fez um passeio acompanhada de Blasina – e transmitida ao vivo pelo Facebook, no vídeo que pode ser conferido a seguir:
Ao vivo do Museu da Cannabis de Montevideo
Posted by Maryjuana on Tuesday, December 13, 2016
Dividido em áreas distintas, porém integradas, o espaço ajuda a contar um pouco da história da maconha no mundo – e na América do Sul.
“A proposta do local é oferecer uma viagem sobre uma das plantas mais antigas e importantes do mundo”, ressalta Blasina.
Logo na entrada do museu, uma florida plantinha em exposição dá as boas-vindas aos visitantes – e ajuda a perfumar o local com seu aroma adocicado.
Fachada do Museu da Cannabis de Montevideo (MCM).
Relíquias do uso medicinal e recreativo da maconha fazem parte do acervo do Museu da Cannabis de Montevideo.
Produtos medicinais contemporâneos feitos à base da erva ajudam a mostrar a evolução e variedade de aplicações dos canabinoides.
Coletânea de jornais, revistas e materiais impressos ajuda a contar os fatos e desdobramentos da legalização da maconha no Uruguai.
O museu também coleciona obras literárias diversas associadas não só à cannabis. mas à contracultura de modo geral.
Relíquias do proibicionismo integram o acervo de impressos do Museu da Cannabis de Montevideo.
Entre as exclusividades do acervo está a linha de massas feitas com cannabis, que “serão os primeiros produtos alimentícios produzidos a partir de cânhamo no Uruguai”, diz Blasina.
“Maconha: uma planta paradoxal.”
Cosméticos e produtos diversos feitos com cannabis são outro ponto forte do acervo.
Itens têxteis de cânhamo.
Pés de maconha vegetam livremente na área externa do museu, onde está localizado um pequeno – e riquíssimo – jardim botânico, com centenas de espécies vegetais.
Plantas diversas, além da maconha, integram o jardim botânico anexo ao Museu da Cannabis de Montevideo.
Detalhe da decoração.
LA Confidential crescendo feliz diretamente no solo da área externa do museu.
Um dos destaques do jardim botânico é a variedade de cactos do local. Ao todo, são mais de 200 espécies coletadas por Blasina ao redor do planeta.
O cacto alucinógeno San Pedro cresce abundantemente no local.
Vista do Jardim Botânico.
“Linha do tempo” traça os principais acontecimentos relacionados às liberdades individuais no Uruguai.
Papéis feitos à base de maconha.
Além de itens relacionados à cannabis, o museu também abriga itens relacionados à outra paixão herbal que faz parte da cultura e costumes uruguaios: o hábito de beber infusão de erva-mate (conhecida no Sul do Brasil como “chimarrão”).
Visite: Museo del Cannabis Montevideo
Rua Durazno, 1784 (esquina com Yaro)
De terça a sábado, das 14h às 19h.
Clique aqui para saber mais.