Quem planta cannabis sabe que não adianta ter pressa após a colheita, pois tempo e paciência são fundamentais na fase de secagem e processamento das flores.
Com o objetivo de reduzir o tempo necessário neste processo, empresários canadenses estão desenvolvendo uma tecnologia capaz de secar as plantas em 18 horas. Normalmente, o período de secagem gira em torno de 14 dias.
No início do mês, a empresa canadense Kaamos Inc. assinou uma carta de intenção com outra empresa, a Protein Solutions Group (PSG), com o objetivo de adquirir uma os direitos de venda e distribuição de uma tecnologia chamada Protein Dried.
Patenteada e já aprovada para uso no Canadá, a Protein Dried consiste numa tecnologia de desidratação orgânica que é superior aos outros métodos de secagem, preservando as estruturas celulares dentro do material vegetal e aumentando a vida útil das plantas. Tudo isso utilizando pouco ou nenhum calor, o que ajuda a proteger as moléculas sensíveis às altas temperaturas presentes na cannabis.
Além disso, o novo método promete conservar as plantas secas por cerca de 18 a 24 meses em comparação com a vida útil de no máximo seis meses, permitindo que os cultivadores armazenem seus produtos por mais tempo.
As empresas também alegam que a tecnologia requer baixos investimentos em novos equipamentos e consome pouca energia.
“Estamos entusiasmados em apresentar esta novidade aos produtores cannabis licenciados no Canadá”, afirmou Donna Tremble, CEO da Kaamos Inc. “Trata-se de uma indústria em rápido crescimento e essa tecnologia tem um enorme potencial para aumentar a produção e evitar a escassez de produtos após a legalização da maconha recreativa no próximo ano.”
O início das vendas de maconha com fins recreativos no Canadá deve acontecer a partir de julho de 2018.