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Pesquisadores brasileiros estudam o efeito antidepressivo do CBD

O tratamento da depressão é geralmente realizado com o uso de antidepressivos, e este tipo de medicamento leva tempo para agir, cerca de 2 a 4 semanas. Dessa maneira, em alguns casos, é necessária a intervenção concomitante com outros tipos medicamentos de ação mais rápida. Neste contexto, estudos indicam que o canabidiol (CBD) pode ser promissor.

A depressão é um distúrbio de humor comum, porém sério. Ela causa sintomas graves que afetam a maneira como você se sente, pensa e lida com as atividades diárias, como dormir, comer, trabalhar e se relacionar com outras pessoas. A depressão afeta aproximadamente 20% da população mundial e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é uma das principais causas de incapacitação.

Na maioria das vezes, o tratamento farmacológico da depressão (com o uso de medicamentos) é realizado através do uso de antidepressivos da classe dos Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS). Porém, este tipo de medicamento demora a fazer efeito e o alívio dos sintomas não é imediato.

Além disso, os ISRS induzem efeitos adversos significativos, principalmente no início do tratamento, tais como náusea, vômito, sudorese, impotência, tontura e tremores. Estes fatores diminuem a aderência dos pacientes ao tratamento e evidenciam a necessidade do estudo e desenvolvimento de novos antidepressivos de ação rápida eficazes.

A depressão afeta aproximadamente 20% da população mundial e segundo a OMS é uma das principais causas de incapacitação.

Recentemente, pesquisadores brasileiros de Ribeirão Preto publicaram um artigo científico que indica que o canabidiol (CBD), uma substância não-psicoativa encontrada na maconha, pode vir a ser um medicamento promissor. O estudo foi conduzido com a utilização de ratos e camundongos de laboratório. Os animais, que já apresentavam características depressivas,  receberam tratamento com CBD e a seguir foram submetidos à alguns testes para a avaliação da depressão.

Os pesquisadores observaram que o CBD teve a propriedade de induzir efeito antidepressivo rapidamente, já em 7 minutos de avaliação, e que perdurou por até 30 minutos. Os neurocientistas explicam que este efeito do CBD provavelmente é decorrente de mudanças na plasticidade sináptica e que estes dados confirmam um perfil terapêutico promissor para o CBD como um novo antidepressivo de ação rápida.

*Por Lia Esumi: Bióloga, MS/PhD em Psicobiologia e colaboradora no Maryjuana.

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