Levantamento aponta que, ao contrário de baseados e cigarros, os vaporizadores deixam a qualidade do ar inalterada e combatem o fumo passivo.
Esqueça aquela “marofa” indiscreta & impregnante causada pela combustão. Com o uso de vapes, é possível reduzir danos não só a si mesmo, mas também a todos ao redor, combatendo o chamado fumo passivo.
Pelo menos é o que garante um estudo recente realizado pela Universidade de Tecnologia de Kaunas, na Lituânia, e os Laboratórios Federais Suíços para Ciência e Tecnologia de Materiais (ETH Zurich).
Segundo os pesquisadores, as partículas de vapor de cigarros eletrônicos se dissipam no ar em questão de segundos, se comparadas com a fumaça produzida pela combustão.
Vapor X Fumaça
Os testes envolveram diversas condições específicas de avaliação, incluindo medidas precisas de ventilação do ambiente e controle de temperatura. Além disso, foi utilizado um manequim simulando uma pessoa adulta em tamanho real, para verificar a influência nos fluxos aéreos em torno de um fumante passivo.
Os três voluntários que participaram do estudo eram homens fumantes de meia-idade, habituados também ao uso de vapes.
Os cientistas testaram as variações na composição do ar após os voluntários fazerem uso de cigarro comum e de vaporizadores “em diferentes distâncias em relação ao manequim – representando um espectador – e sob diferentes taxas de ventilação”.
Após testar os dois produtos, a conclusão foi certeira (e, convenhamos, um tanto quanto óbvia para quem está habituado a fumar em ambientes fechados): “a concentração de partículas no ar geradas pelo vaporizador retornou rapidamente aos valores iniciais em segundos”.
Já no caso dos cigarros convencionais, “a concentração de partículas no ar aumenta com as tragadas sucessivas, retornando aos níveis iniciais após 30 a 45 minutos”.
Riscos do fumo passivo
A fumaça exalada por cigarros, especialmente os que contém tabaco, é extremamente tóxica e pode causar danos à saúde de pessoas que a inalem sem querer – os chamados fumantes passivos.
Conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de dois bilhões de pessoas são vítimas do fumo passivo no mundo – sendo que 700 milhões são crianças, que padecem com maior incidência de doenças como bronquites, pneumonia e infecções de ouvido, entre outras. No Brasil, as crianças são 40% das vítimas do fumo passivo, segundo o Governo Federal.
Segundo a OMS, o fumo passivo é a terceira maior causa de morte evitável no mundo. Além disso, a fumaça do cigarro é o principal agente poluidor de ambientes fechados.
Vaporizar é cuidar
Uma das melhores estratégias de redução de danos em relação ao fumo passivo, portanto, é substituir cigarros (e baseados) por vaporizadores, conforme atesta a pesquisa retratada acima.
A mesma lógica também se aplica ao consumo de maconha, embora os danos à saúde sejam inegavelmente menores em relação ao tabaco.
Sobretudo para quem tem filhos pequenos ou convive com crianças, é sempre bom evitar a exposição à fumaça da cannabis – afinal, ninguém quer “chapar” os pequenos por tabela e, ainda, expô-los ao risco de desenvolver doenças pulmonares associadas a qualquer tipo de combustão, como asma e bronquite.
Quem ama e cuida, vaporiza!