Uma das plantas mais versáteis da natureza, a cannabis também é um nutritivo alimento.
E, antes de tudo, é preciso ressaltar que não estamos falando das comidas feitas com flores – e consumidas por quem deseja desfrutar dos efeitos medicinais da erva. Para além da chapação, a maconha – sobretudo a sua variedade não-psicoativa, o cânhamo – consiste numa excelente opção nutricional para seres humanos e animais.
De shakes de proteína a chocolates, passando por toda sorte de petiscos e bebidas, há toda uma promissora economia se desenvolvendo a partir das fibras comestíveis do cânhamo.
Tanto é que, recentemente, o instituto de pesquisa Research and Markets conduziu um estudo estimando o crescimento do mercado global de alimentos à base de cânhamo durante os próximos anos.
De acordo com os analistas, o mercado global de alimentos à base de cânhamo deve crescer, anualmente, cerca de 20,3% durante o período de 2016 a 2020.
“Os cientistas acreditam que os seres humanos já cultivam cannabis há mais de 10 mil anos, devido às suas propriedades nutricionais, medicinais e industriais”, introduz o relatório, que segue reafirmando a importância do cânhamo para a história da agricultura. “Como cultivo, o cânhamo é conhecido por ser uma das primeiras culturas domesticadas pela humanidade. ”
Superalimento
Rico em proteínas e ácidos graxos – como Ômega 3 e 6 – o cânhamo adquiriu status de “superalimento” ao longo dos anos, sobretudo “na América do Norte e mercados europeus”, como destaca o estudo intitulado “Global Hemp-Based Foods Market 2016-2020“.
Elaborado com base em análises de especialistas do setor e os últimos números do mercado, o relatório aponta as “regulamentações governamentais rigorosas em matéria de cultivo e consumo humano de cânhamo” como o principal desafio do setor.
*Foto: Miracle Source