CONTEÚDO JORNALISTÍCO PARA MAIORES DE 18 ANOS
Home > ATIVISMO > ARTIGOS > Advogado comenta o abuso da PM durante a Marcha da Maconha no RJ

Advogado comenta o abuso da PM durante a Marcha da Maconha no RJ

Dois fatos chocaram a comunidade canabista neste primeiro fim-de-semana de maio de 2012. Um deles foi a recusa da gráfica em imprimir a SemSemente, primeira revista impressa especializada em cultura canábica do Brasil.  O outro foi o ataque da PM aos participantes da Marcha da Maconha no Rio de Janeiro, deixando quatro feridos e milhares de indignados com o abuso da ação, que contrariou totalmente a decisão do STF liberando as manifestações em prol da cannabis.

Para comentar esses assuntos, eu conversei com o advogado criminalista André Barros, também conhecido como “advogado da Marcha da Maconha”. Ele estava presente durante o tumulto no Rio de Janeiro e fala mais sobre o assunto. Confira!

MaryJuana: A gráfica responsável pela impressão da SemSemente recusou-se a fazer o serviço alegando receio de ser processada por crime de apologia. A empresa realmente correria esse risco? E no caso de revistas e blogs dedicados ao assunto: também estamos sujeitos a esse tipo de acusação por discutirmos abertamente a questão?

André Barros:  O caso da gráfica foi puro preconceito contra a maconha. Eles podem, inclusive,  ser processados por danos materiais, já que a intenção era vender logo a revista na Marcha da Maconha do Rio de Janeiro – e o atraso prejudicou a editora. Agora, ser processado por apologia é possível, mas daí a ser condenado por apologia é outra coisa. Seria uma bela batalha judicial.

MJ: Qual sua opinião sobre o ataque da PM na Marcha da Maconha no Rio de Janeiro? Como tudo aconteceu?

AB: A Marcha da Maconha vinha linda e tranquila com cerca de dez mil participantes. As confusões básicas e as negociações com a polícia estavam tranquilas. Eis que surge um carro aberto do Batalhão de Choque, com dois policiais fortemente armados, entrando na multidão e fazendo quase um cavalo de pau. A reação da galera foi vaiar e gritar contra a polícia, que entrou no meio da multidão. Um policial disparou uma bomba de efeito moral no meio da multidão,  quando então bolinhas e algumas latas foram jogadas. Depois foram bombas e balas de borracha em todas as direções, numa violência absurda, dispersando aquela bela manifestação de dez mil pessoas, que se preparavam para dançar, namorar e defender a legalização num ato/político cultural, que infelizmente não aconteceu no Coqueirão. A resposta será a Marcha da Maconha de Niterói, no dia 12/05.

You may also like
Amsterdã fica de fora do experimento de legalização da maconha na Holanda
Ministro do STJ propõe veto aos habeas corpus para cultivo de maconha
Trema micrantha Blume: conheça a planta nativa brasileira que é fonte de CBD
Vendas de CBD crescem no Brasil, mas produção interna ainda é pequena

1 Response

  1. MolhoVerde

    Parabens galera da marcha da maconha do Rio, e aqueles puliças que foram la estragar a festa, criam vergonha, voces ja tem o salario de voces, nao chega? Se nao chega pedem a conta, nao queremos policias defendendo o trafico e se aproveitando desse para arrendondar o salario no final do mes.

Leave a Reply

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.