Após liberar a importação de canabidiol (CBD) para uma criança com epilepsia no mês passado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pretende autorizar a prescrição da substância no Brasil, segundo reportagem do G1. O anúncio foi feito por Luiz Roberto Klassmann, diretor-adjunto da Anvisa, durante palestra realizada na quinta-feira (15/5) no 4º Simpósio Internacional da Cannabis Medicinal, em São Paulo. Dedicado a discutir o tema com especialistas das áreas médica e jurídica, o evento segue até o próximo sábado (17).
De acordo com Klassmann, a área técnica da agência já aprovou a reclassificação do canabidiol no país, propondo a retirada da substância da lista de drogas proscritas, para permitir que os médicos a prescrevam com receita normal, em duas vias.
A decisão ainda terá que ser aprovada pela Diretoria Colegiada da agência, em reunião que vai acontecer até o fim deste semestre. Se isso ocorrer, qualquer brasileiro com uma prescrição médica em mãos recomendando CBD, poderá entrar no país de maneira legal com o produto, ou recebê-lo por encomenda.
Atualmente, esses remédios estão em uma lista do órgão de Vigilância Sanitária que proíbe o uso para fins terapêuticos, exceto quando há alguma autorização especial para importação concedida pelo próprio diretor da agência ou ainda sentença jurídica com a mesma finalidade, o que ocorreu pela primeira vez no caso da garotinha Anny Fischer.
Vale a pena ressaltar que o CBD é apenas um dos mais de 85 compostos químicos naturais encontrados na cannabis, indicado para as mais diversas doenças, da síndrome do pânico à epilepsia, como você pode conferir clicando aqui. Outros canabinoides, como o THC e o CBDV, também apresentam propriedades medicinais. O polêmico THC, por exemplo, sempre discriminado pelos coxinhas e mídia-coxinha em geral por ser causador do famoso “barato”, serve para tratar uma série de doenças também, como desordens digestivas, mal de Parkinson e esquizofrenia, entre outras que você conhece aqui.
Já o pouco conhecido cannabidivarin (CBDV) também serve para tratar, entre outras moléstias, a epilepsia, provando que não dá pra dissociar nenhum dos canabinoides da planta produtora de todos eles: a maconha.
*Com informações: G1, Superinteressante
”Um pequeno passo para o homem,mas um grande passo para a humanidade”
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