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Reino Unido reduz perseguição aos cultivadores de maconha

Quando se tem alguma dose de bom senso, nem precisa legalizar a maconha para diminuir o encarceramento de meros jardineiros. Pois é mais ou menos isso o que está acontecendo no Reino Unido, onde os policiais desistiram de perseguir pequenos produtores da erva.

Segundo reportagem do The Economist, é preciso ter uma plantação muito chamativa ou um comportamento abusivo demais para atrair a atenção da polícia britânica hoje em dia. Recentemente, oficiais disseram que adotariam medidas repressivas apenas em casos do uso “flagrante” de cannabis.

É óbvio que o menor rigor em relação aos growers deve-se em parte à falta de recursos – e não somente à maior conscientização dos policiais sobre a inutilidade de tais perseguições. Estima-se que, nos últimos cinco anos, o orçamento da polícia britânica sofreu corte de 25%.

Os agentes não têm tempo para procurar pequenos produtores com “alguns pés de maconha em casa”, como declarou o comissário Alan Charles de Derbyshire.

Não é de hoje que os policiais têm se mostrado céticos quanto à importância de processar usuários de drogas ou cultivadores de pequena escala. Segundo Alan Charles, a ineficaz guerra às drogas é uma “insanidade”.

A reportagem do The Economist também ressalta que o relaxamento do controle aos growers coincide com o aumento dos “clubes sociais de cannabis” na região nos últimos cinco anos. Atualmente, existem aproximadamente 80 organizações do tipo espalhadas pelo Reino Unido.

O cultivo e a posse de drogas , entretanto, permanecem sendo considerados crimes no Reino Unido, enquanto a maioria dos clubes – que não possuem fins lucrativos – se protege atrás do nome de organização ativista. “Não é ilegal falar sobre maconha”, ressalta Greg de Hoedt, presidente da United Kingdom Cannabis Social Clubs (UKCSC), entidade que congrega diversos clubes.

A ideia dos clubes canábicos foi inspirada no modelo da Espanha, onde hoje existem cerca de 400 entidades do tipo. “A Espanha é o modelo que os ativistas ingleses querem imitar”, disse Gary Potter, da Universidade de Lancaster.

Quem sabe um dia a polícia brasileira não se inspira no exemplo dos britânicos e simplesmente para de perseguir jardineiros inocentes com duas ou três plantas? Vale lembrar que nem é preciso legalizar para isso: BASTA QUERER! E basta não denunciar seu vizinho que cultiva. Já faz um grande favor!

*Foto: David Mcnew/Reuters

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