Capaz de relaxar o corpo e a mente, não por acaso a maconha mostrou-se eficaz no tratamento de doenças de hiperexcitabilidade motora, afirma um novo estudo publicado em fevereiro pela revista Epilepsy Research.
Segundo a pesquisa realizada pela Universidade de Palermo, na Itália, os canabinoides são especialmente benéficos para os portadores da rara – porém, cruel – Síndrome de Isaac, também conhecida como neuromiotonia.
De acordo com o site Andar Bem, a síndrome de Isaac consiste numa doença neuromuscular causada por hiperexcitabilidade e ativação contínua dos nervos periféricos ligados às fibras musculares. Dentre os sintomas estão rigidez muscular progressiva, contrações ou espasmos musculares contínuos, cãibras e sudorese.
“Os canabinoides desempenham papel importante na modulação dos fenômenos de hiperexcitabilidade no hipocampo”, disseram os cientistas no resumo do artigo científico. Ao que tudo indica, as substâncias – encontradas naturalmente na cannabis – atuam sobre um receptor específico (TRPV1 ) que, por sua vez, regulam a excitação sináptica. O estudo também faz referência a achados médicos anteriores envolvendo doenças para as quais a maconha é comprovadamente benéfica, a exemplo da epilepsia.
Na conclusão, os investigadores reiteram que a “interação farmacológica entre os canabinoides e o receptor TRPV1 representa uma abordagem promissora no futuro para tratar doenças baseadas em hiperexcitabilidade”.
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