Esqueça aquele velho tabu do maconheiro lesado & desmemoriado. Parece que a realidade é justamente o oposto disso – ao menos é o que aponta um recente estudo publicado pela revista Psychology of Addictive Behavior.
Segundo a pesquisa – que avaliou 4.658 pessoas de 14 a 21 anos listadas no levantamento populacional Philadelphia Neurodevelopmental Cohort – adolescentes e adultos que fazem uso ocasional de maconha apresentam melhor memória, controle executivo e cognição social do que os não-usuários.
O estudo considerou como “usuários ocasionais” as pessoas que consomem cannabis duas vezes por semana ou menos. Já a categoria “usuários frequentes” inclui quem fuma um mais do que três vezes por semana.
“O uso de cannabis ente jovens está aumentando e tem sido associado a déficits no funcionamento cognitivo”, relatam os pesquisadores. No entanto, “tais descobertas cognitivas foram baseadas principalmente em pequenas amostras de usuários que procuram tratamento, sendo que poucos estudos avaliaram a cognição em usuários ocasionais de cannabis”.
Após analisar os principais efeitos do consumo de erva e as interações entre a idade e a capacidade de cognição, os cientistas afirmaram que, “embora usuários frequentes tenham apresentado um desempenho inferior aos não-usuários em medidas de controle executivo, os usuários ocasionais exibiram melhor controle executivo, memória e cognição social do que os não-usuários”.
Na sequência, o estudo leva a crer que existem relações complexas entre o uso de cannabis e a cognição na juventude.
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