A descriminalização do cultivo de maconha para uso pessoal foi tema de audiência realizada nesta quinta-feira (26/10) na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), no Senado.
O tema dividiu as opiniões entre os participantes da audiência, sendo que o único consenso foi a liberação do cultivo para uso medicinal da Cannabis, como ressaltou o senador Sérgio Petecão (PSD-AC), relator da proposta que teve origem em uma ideia legislativa proposta pelo cidadão Gabriel Henrique Rodrigues de Lima, de São Paulo, no Portal e-Cidadania.
Médicos, psicólogos, pedagogos e parentes de pessoas que fazem uso medicinal relataram os benefícios terapêuticos do uso da maconha para alguns indivíduos com epilepsia e autismo e defenderam a urgente liberação do cultivo para consumo próprio.
Segundo Cidinha Carvalho, presidente da Associação de Cannabis Medicinal (Cultive), muitas famílias não têm condições de importar remédios do exterior e lutam para conseguir a autorização para cultivar maconha. Ela relatou que muitos médicos ainda não receitam substâncias contidas na erva, o que torna a tarefa ainda mais difícil. Ela observou ainda que existem diversos tipos de maconha e que as reações são diferentes para cada pessoa, por isso é importante a possibilidade de cultivar em casa:
— O autocultivo permite buscar a melhorar resposta terapêutica. Bloquear o autocultivo para o paciente é a mesma coisa que dar uma sentença de sofrimento ou de morte para ele porque você não está permitindo que ele busque a melhor resposta terapêutica para a dor ou a doença. Cultivar não pode ser crime. Lutar pela vida não pode ser crime — disse.
Confira mais detalhes no vídeo a seguir: