Entidade sem fins lucrativos trabalha no desenvolvimento de linguagem de sinais para termos canábicos.
A regulamentação da maconha no Colorado trouxe uma série de desafios para este novo e promissor mercado, incluindo a necessidade de atender públicos com as mais variadas deficiências.
Com o objetivo de melhorar a acessibilidade e o atendimento à população com problemas auditivos, a organização sem fins lucrativos ECS Therapy, localizada em Boulder, está desenvolvendo um vocabulário de sinais para termos canábicos inexistentes até então nesta forma de linguagem.
Para traduzir estas palavras e expressões em sinais e gestos, a entidade trabalha em conjunto com uma equipe de intérpretes e profissionais surdos. Além disso, o grupo de voluntários faz visitas frequentes às instalações de cultivo de cannabis e dispensários.
A ECS Therapy e seus parceiros esperam criar uma linguagem de sinais que seja abrangente, acessível e flexível o bastante para dar conta de explicar toda a imensa gama de produtos e expressões relacionadas à cannabis e seus derivados.
Em fase inicial, o projeto inclui a criação de um glossário em vídeo com todos os novos termos criados, o que deve ocorrer em meados de 2019.
Acessibilidade = normalização
A construção de um novo vocabulário de sinais específicos tornará a maconha ainda mais acessível no Colorado, sobretudo para os surdos que fazem uso medicinal da erva.
Em muitos casos, os pacientes com problemas auditivos enfrentam desafios extras quando se trata de obter as strains ou produtos à base de maconha de que necessitam, devido a dificuldade em dialogar com os budtenders.
De acordo com Dra. Regina Nelson, presidente da ECS Therapy, a iniciativa também ajudará a comunidade canábica como um todo. “Como cientista social, a linguagem é o que normaliza as coisas”, declarou em entrevista ao The Denver Channel.