Professores de escolas públicas que aderiram a uma greve da categoria convocada em Denver, no estado do Colorado, nos Estados Unidos, ganharam o apoio inusitado de um dispensário de maconha de uma cidade próxima e terão descontos na compra de produtos enquanto durar a paralisação.
O dispensário Kind Love, em Glendale, indicou que todos que apresentarem uma identificação válida do Sistema de Escolas Públicas de Denver (DPS) poderão comprar 3,5 gramas de maconha por US$ 0,01.
Matt LaBrier, dono do estabelecimento, tinha concedido um desconto similar para beneficiar os veteranos das Forças Armadas dos EUA porque as leis locais proíbem dar maconha de presente.
Em entrevista ao site local “Westword”, LaBrier explicou que decidiu estender o benefício aos professores depois de vê-los protestando por melhores salários em frente a uma escola de ensino médio no norte de Denver.
Segundo a Associação de Professores de Denver (DCTA), quase dos 3,8 mil dos 4,5 mil membros do sindicato aderiram à greve contra o DPS, que hoje completou seu segundo dia. O órgão, o maior do Colorado, mobilizou 1,4 mil funcionários administrativos e 400 substitutos para manter abertas as 160 escoladas afetadas.
LaBrier decidiu isentar os docentes da cobrança do imposto estadual sobre a venda da maconha. Segundo ele, a categoria não é beneficiada pelo dinheiro arrecadado via taxas pelo governo local.
A verba pode ser usada para a construção ou reforma de escolas, assim como para programas de prevenção de uso das drogas e de alfabetização infantil, mas não para pagar os professores.
Antes da aprovação da chamada “emenda 64”, a categoria esperava que US$ 40 milhões arrecadados com a venda da maconha fossem destinados a melhorar os salários recebidos pelos profissionais. No entanto, a Associação de Educação do Colorado (CEA) foi contra essa destinação do dinheiro e acabou vencendo a batalha na lei final.
O dono do dispensário afirmou que vários professores já visitaram seu estabelecimento e destacou que quer ajudá-los de alguma forma, assim como restaurantes oferecem pratos de graça para funcionários públicos durante as paralisações do governo federal.
Mais de 92 mil alunos estão sendo afetados pela greve dos professores de escolas públicas de Denver. Eles optaram pela paralisação, a primeira em 25 anos, depois de negociar por um ano e meio com as autoridades locais sem conseguir chegar a um acordo.
*Fonte: EFE
Se fosse aqui no Brasil, a população iria chamar os professores de vagabundos que não querem trabalhar e se, alguém fizesse como no fato acima, iriam falar que os professores só estão de greve para ganhar as coisas de graça.