E mais uma vez a legalização da maconha estará em pauta em Brasília, mais precisamente na próxima segunda-feira (22/9). Marcado para as 9h na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), o debate pretende subsidiar a decisão sobre a transformação – ou não – em projeto de lei de uma sugestão popular de regulamentação (SUG 8/2014).
Na ocasião, estarão presentes o procurador da República Guilherme Zanina Schelb, os juízes Carlos Maroja e João Marcos Buch e o psiquiatra Fábio Gomes de Matos e Souza.
Também devem participar os juízes João Batista Damasceno e Roberto Luiz Corcioli Filho, da Associação de Juízes para a Democracia, e a coordenadora do Movimento Mães de Maio, Débora Maria da Silva.
Nas reuniões já realizadas, apesar da falta de consenso sobre a liberação da droga para uso recreativo, houve forte apoio à liberação da maconha para fins medicinais. O uso terapêutico de substâncias como o canabidiol (CBD) tem se mostrado eficiente em pacientes que sofrem de condições como epilepsia grave, esclerose múltipla, esquizofrenia e mal de Parkinson.
No primeiro debate, em junho, o secretário Nacional de Drogas do Uruguai, Julio Calzada, destacou o efeito positivo da legalização do comércio da droga sobre a criminalidade naquele país. No segundo, o coronel Jorge da Silva, ex-chefe do Estado Maior da Polícia Militar do Rio de Janeiro, disse que os índices de violência demonstram que o atual modelo proibicionista não deu resultados positivos.
Na terceira audiência, especialistas defenderam o uso medicinal da maconha. No quarto debate, os convidados debateram a legislação atual e a adequação da pena de prisão para pessoas presas com menos de 50 gramas de maconha.
Em todas as audiências, houve várias manifestações de membros da audiência contrários à regulamentação, que destacaram, por exemplo, o risco de a maconha levar ao consumo de drogas consideradas mais nocivas (falácia esta devidamente contestada tanto pela realidade de países que possuem políticas de drogas mais brandas, como também por estudos e pesquisas mundo afora).
Sugestão
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) foi incumbido de elaborar relatório sugerindo a admissão ou não da tramitação como projeto de lei da sugestão enviada pelo Portal e-Cidadania. O texto prevê que seja considerado legal “o cultivo caseiro, o registro de clubes de cultivadores, o licenciamento de estabelecimentos de cultivo e de venda de maconha no atacado e no varejo e a regularização do uso medicinal”. As sugestões enviadas pelo portal são enviadas à CDH quando chegam a 20 mil assinaturas de apoio.
Participe!
A participação de todos os maconheiros é MUITO importante, até porque quem acompanhou os debates anteriores percebeu que os caretas mentirosos estão prevalecendo! Então, quem não puder comparecer ao debate pessoalmente, pode acompanhá-lo – e dar seus pitacos – através deste link. Manifeste-se e não permita que os reaças sigam proferindo toda sorte de asneiras sobre a maconha!
*Fonte: Agência Senado
** Foto: Pedro França/Agência Senado