Não é por acaso que a legalização da maconha foi a grande protagonista (para não dizer vencedora) das últimas eleições dos Estados Unidos. Até mesmo as conservadoras entidades religiosas estão apoiando a causa por lá.
É o caso do grupo intitulado “Clero por Uma Nova Política de Drogas” (“Clergy for a New Drug Policy”), que reúne religiosos de todo o país com o objetivo de lutar por novas políticas de drogas.
Assim diz a declaração oficial da entidade:
“Como vozes da fé, pedimos o fim da guerra às drogas travada pelos Estados Unidos, em casa e no exterior, há mais de 40 anos. Esta guerra não só falhou em atingir seus objetivos declarados, como promoveu abismos profundos entre ricos, pobres, negros, brancos e latinos. Desperdiçou mais de um trilhão de dólares. E transformou nosso país em uma nação ‘prisioneira’.”
Esclarecido, o grupo composto por representantes de igrejas protestantes acredita que o direito penal não deve ser usado com intuito de controlar o livre arbítrio pessoal no que diz respeito ao uso de drogas. Em vez de punição, propõem políticas de prevenção e redução de danos, seguindo o princípio cristão máximo de “amor ao próximo”.
“Como clérigos que se opõem ao racismo institucional, temos mais do que amplas razões para buscar alternativas a esta guerra às drogas com base na injustiça. Mas nossa fé deve nos levar mais além. Deve nos fazer rejeitar sua própria premissa, baseada em nossos princípios religiosos de compaixão, cura, perdão, reconciliação e amor .”
O grupo “Clero por Uma Nova Política de Drogas” chamou a atenção da mídia durante o período pré-eleitoral norte-americano, ao advogar a favor da legalização do uso recreativo da cannabis no Arizona (que infelizmente NÃO aprovou a medida neste pleito, com 52% dos votos).
Confira a seguir entrevista concedida por um dos representantes da entidade: