A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) autorizou a prescrição de óleo de maconha para o tratamento de um paciente que sofre da doença de Alzheimer.
Esta é a primeira vez que o óleo de cânhamo, rico em canabidiol (CBD), será utilizado para o tratamento da doença no Brasil.
De acordo com pesquisas condizidas pelo Salk Institute (San Diego, EUA) – instituição de pesquisa biológicas nas áreas de biologia molecular, genética, neurociência e biologia de plantas – os canabinoides reduzem a inflamação do cérebro, bem como o acúmulo de beta-amiloide, uma característica da doença de Alzheimer. Por isso, acredita-se que a medicação seja o primeiro composto não-tóxico externo a mostrar potencial para o eventual tratamento da doença.
De acordo com o relatório World Alzheimer 2016 da Alzheimer’s Disease World, há cerca de 46,8 milhões de pessoas em todo o mundo vivendo com doença, e a expectativa é que este número aumente para 131,5 milhões até 2050.
A ANVISA também permite a importação de suplementos à base de cannabis para o tratamento dos que sofrem com epilepsia refratária (desordem cerebral que gera convulsões repetidas), mal de Parkinson, dor crônica (incluindo dor de cabeça da enxaqueca), Transtorno de Estresse Pós-Traumático, Déficit de Atenção e Déficit de Atenção e Hiperatividade, autismo, esclerose múltipla e dores provenientes do câncer. No exterior, o canabidiol já é utilizado para o tratamento de doenças em mais de 40 países, entre eles Estados Unidos, Reino Unido, Israel e México.
*Fonte: Reuters