Ao contrário do que acontece nos demais mercados, as mulheres têm conquistado cada vez mais cargos executivos na indústria da cannabis.
Produzido pela equipe do Marijuana Business Daily, um relatório lançado na semana passada investiga a proporção de mulheres e negros na indústria canábica dos Estados Unidos.
Segundo o levantamento, as mulheres ocupam 37% dos cargos executivos do setor em 2019. A taxa é bastante superior aos 21% registrados no mesmo período em todos os demais setores nos Estados Unidos.
O documento também examina a composição racial dos líderes do setor canábico, embora esses dados sejam menos representativos, pois nem todos os estados fazem a coleta precisa de tais informações.
Por exemplo, em Ohio (onde a maconha é legalizada com fins medicinais), cerca de 16% dos negócios do setor pertencem a negros. Já em Massachussets (que legalizou a cannabis com fins recreativos em 2016), a taxa de negros ocupando cargos executivos nas empresas do ramo é de apenas 1%.
Mercado canábico na busca por mais equidade
Ao que tudo indica, a indústria canábica americana segue na busca por mais equidade em suas contratações. Até mesmo um estado como Massachusetts, que registra baixas taxas de negros empregados na indústria canábica, está no caminho de tornar suas práticas de contratação mais justas.
As comunidades que historicamente enfrentaram altas taxas de policiamento e pessoas com condenações anteriores por drogas podem se qualificar para o programa de equidade social do estado, que oferece serviços como planejamento empresarial e treinamento gerencial.
De acordo com o relatório, lançar um negócio canábico é bastante caro nos EUA – acima de US $ 300 mil – e isso é uma grande barreira para quem não é rico ou não pode se qualificar para um empréstimo. Isso pode impedir que negros e demais populações periféricas entrem no mercado, apontam os autores.
Clique aqui para conferir o estudo na íntegra (em inglês).