As políticas rígidas da Meta sobre conteúdos canábicos acendem o debate sobre liberdade de expressão e o impacto na educação e nos negócios regulamentados.
As políticas da Meta seguem gerando controvérsias entre criadores de conteúdo e defensores da cannabis. Apesar das declarações de Mark Zuckerberg das recentes promessas de priorizar a liberdade de expressão, a plataforma mantém uma postura rígida em relação a conteúdos canábicos.
Palavras, contas e termos relacionados à planta são frequentemente censurados, afetando negativamente o trabalho de advocacy, pacientes medicinais e negócios regulamentados no Brasil e em outros países.
Shadowban: a penalidade invisível
Um dos desafios mais significativos enfrentados pelos produtores de conteúdo canábico é o shadowban, uma penalidade silenciosa que reduz a visibilidade de um perfil no Instagram sem qualquer notificação formal. Essa prática limita o alcance das publicações, dificultando a conexão com a audiência, o engajamento e a disseminação de informações educativas ou promocionais sobre a cannabis.
A conta do Maryjuana é um exemplo claro desse problema. O perfil tem sofrido sucessivas restrições, incluindo queda no engajamento e remoção de postagens sem justificativa clara. Muitos outros criadores brasileiros que abordam o tema também relatam experiências similares, apontando como as diretrizes da Meta prejudicam não apenas o ativismo, mas também o debate público sobre os usos medicinais e recreativos da planta.
Regras contraditórias
Enquanto setores como o de bebidas alcoólicas enfrentam menos restrições, conteúdos sobre cannabis continuam sob intensa vigilância. Apesar de a Meta ter flexibilizado recentemente suas políticas para anúncios de produtos com CBD, os conteúdos relacionados ao THC permanecem completamente proibidos.
A justificativa da empresa, de que busca priorizar “violações ilegais e de alta gravidade”, é amplamente criticada por defensores, que ressaltam o impacto negativo dessa postura em um mercado regulamentado e em expansão.
Avanços em outras plataformas
Por outro lado, concorrentes como X e Google têm adotado políticas mais progressistas, alinhando-se às mudanças legais e culturais em relação à cannabis.
Essas plataformas oferecem maior liberdade para educação, discussão e promoção regulamentada, criando um ambiente mais favorável tanto para criadores quanto para negócios da indústria canábica.
Apelo por mudança
Defensores da maconha em todo o planeta continuam pressionando a Meta para rever suas políticas e se alinhar às tendências globais de legalização da planta;
Para o Maryjuana e outros perfis afetados, a luta por mais espaço é essencial para garantir que informações relevantes cheguem ao público, promovendo educação e acesso à planta de maneira responsável e inclusiva.
*Por: Redação Maryjuana