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Conheça os mitos e a possível verdade sobre o 420

Para muitos maconheiros ao redor do mundo, o dia de hoje – 20 de abril (ou 4/20) – é considerado uma espécie de “Dia da Maconha” , no qual todos são convidados a celebrar o amor pela planta, reivindicar mudanças nas políticas de drogas ou, simplesmente, acender muitos e gigantes baseados.

Ilustrado em roupas, bonés, adesivos, muros e toda sorte de objetos inanimados ou não, o 420 surgiu nos Estados Unidos, ganhou o mundo e veio parar no Brasil, onde até hoje tem gente que vai presa simplesmente por portar uma roupa estampada com o número cabalístico (ou seria canabístico?).

Aproveitando o ensejo da data, vamos refletir sobre as origens, mitos e legados do numeral. Acende um aê que lá vem história!

– A origem

É difícil definir a origem exata de determinadas palavras ou símbolos, simplesmente porque tratam-se de fenômenos sociais difusos e complexos – como, aliás, tudo que concerne às ciências humanas. Bom, mas em se tratando do 420, a lenda mais provável remonta à 1971, quando um grupo de garotos da San Rafael High School, nos Estados Unidos, passou a se reunir após as aulas, que obviamente encerravam às 16h20 (420PM).

O objetivo dos malucos – apelidados “Waldos” –  não era só fumar um, mas também “caçar” uma plantação de maconha que supostamente existiria na localidade de Point Reyes, noroeste de San Francisco, diz a lenda retratada no site da BBC News. Parece que eles nunca encontraram a erva, mas queimaram muito fumo nesse intento, além de terem ajudado a plantar a expressão que se tornou símbolo universal dos maconheiros de todo planeta.

– Mito #1: código policial

Uma outra teoria refere-se ao 420 como sendo o código policial para referir-se à maconha em algumas localidades dos Estados Unidos. Mas ao que tudo indica – e testemunham personagens da época – isso não passa de lenda urbana. “420 na verdade é o código de rádio que os policiais utilizam para designar homicídio no Departamento de Polícia de Las Vegas e também na ficcção, no CSI”, observou Warren Haynes, ex-guitarrista da banda Grateful Dead, em entrevista ao The Huffington Post. 

– Mito #2: componentes da maconha

Outra lenda urbana diz que 420 é o número de compostos químicos presentes na cannabis. Falso. Segundo os mais recentes estudos na área, a maconha possui 483 diferentes substâncias, sendo que 66 são canabinoides encontrados unicamente na planta.

– Como e onde celebrar

É claro que o “Dia da Maconha” deve ser celebrado fazendo aquilo que muitos maconheiros já costumam fazer todo dia (ou quase): fumando MUITA maconha boa, não só às 16h20, mas em todos os horários – afinal, sempre é 4i20 em alguma parte do mundo!

Comemoração do dia 20 de abril na Califórnia (Foto: Wikipedia)

Para quem vive em locais legalizados, como os Estados Unidos e a Holanda, é possível participar de uma série de eventos e atividades enfumaçadas. Mas se você vive em locais hipócritas e restritivos como o Brasil, vale a pena refletir sobre como é possível ajudar na legalização da maconha no país, enquanto faz aquela fumaça e escuta um som chapante.

*Foto de abertura: LuxChroma.com

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1 Response

  1. Creio que usar maconha em 2009 no sudeste do Piauí para salvar de uma parada urinária morte iminente um professor de artes e turismo não merecesse a tortura a discriminação violenta por qual passou. Sequelas físicas e psicos permanente. Total impunidade do Sr governador e da polícia traficante de pó dele. Melhor contar, mas esquecer. Aquilo não se faz. Não se pode repetir.

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