Muita gente pensa que entende do assunto, mas ainda se perde quando chega a hora de descrever os diferentes tipos de maconha. Afinal de contas, você sabe quantos tipos de maconha existem? E quais as diferenças entre eles?
Dentre as centenas de cepas canábicas – que se distinguem por aromas, terpenos, efeitos e rendimento – pelo menos uma coisa há em comum: todas as strains pertencem obrigatoriamente a uma – ou mais de uma, no caso dos cruzamentos – famílias de cannabis: sativa, indica ou ruderalis.
Compreender a diferença entre essas famílias genéticas pode ajudar os maconheiros na hora de escolher o que querem plantar e/ou fumar.
A seguir, conheça as características e diferenças entre esses tipos de maconha:
– Sativa
A mais popular entre as famílias da cannabis, a sativa consiste também na fisicamente maior entre as três. Reza a lenda que as landraces sativas são originárias das regiões equatoriais, como Tailândia, sul da Índia, Jamaica, México, etc.
As plantas geralmente mais altas possuem folhas de aspecto mais fino e alongado.
Ideal para jardins externos, gostam de ambientes bem arejados e espaçosos – e possuem período de floração mais longo em relação às indicas, ultrapassado 12 semanas.
Em se tratando dos efeitos da fumaça, as sativas puras dão uma onda mais “cerebral”, estimulando a mente e promovendo energia e criatividade.
– Indica
De estatura baixa, robusta e com folhas mais largas, a cannabis indica tem suas origens nos confins de algum país sub-tropical, como Afeganistão e Paquistão. Graças ao clima geralmente severo e inconstante destes locais, as indicas estão mais adaptadas para o cultivo em clima temperado (e em interior).
Possuem flores densas e compactas, com odor mais acentuado do que as sativas. Responsáveis por brisas mais “corporais”, as indicas são famosas pelos efeitos relaxantes e calmantes, sendo ideais para combater sintomas como insônia, estresse e perda de apetite.
O período de floração é bem mais curto do que o das sativas, variando entre 8 a 10 semanas.
– Ruderalis
Segundo fontes do Hash, Marihuana & Hemp Museum, a palavra ruderalis vem de “ruderal”, termo aplicado a espécies de plantas selvagens que são as primeiras a colonizar terras devastadas por forças naturais ou atividade humana.
Até hoje existem divergências entre os botânicos sobre o fato da ruderalis ser realmente um terceiro tipo de maconha – ou somente uma variação dos tipos anteriores.
O que se sabe com certeza é que esta variedade surgiu possivelmente na Ásia Central – e floresce muito mais cedo do que as sativas ou indicas. O ciclo de floração mais curto faz com que este tipo de maconha seja muito utilizado na confecção de sementes automáticas (que florescem automaticamente independente do fotoperíodo).
-Híbridas
Com o crescimento e a modernização do cultivo de maconha no mundo, os jardineiros – então chamados breeders – passaram a cruzar diferentes tipos de maconha, seja com o objetivo de acelerar a colheita ou potencializar certos efeitos.
O resultado é essa infinidade de strains híbridas que vemos à disposição por aí, cada uma com um perfil distinto de canabinoides e terpenos, que dependerão de cada cruzamento genético em questão. Basicamente, as híbridas consistem em cruzas de sativa X indica (ou sativa X sativa e indica X indica).