Embora a legalização esteja avançando por lá, nem tudo são flores nos Estados Unidos. Conforme cresce o mercado canábico no país, aumenta também a preocupação com o uso de pesticidas no cultivo da erva.
Segundo relatório lançado em outubro pelo Steep Hill – principal laboratório de análises químicas de maconha da Califórnia – a grande maioria da erva comercializada nos dispensários do estado pode estar contaminada com pesticidas.
A análise afirma que 84,3% das amostras de cannabis submetidas à unidade do Steep Hilll em Berkeley continham resíduos de pesticidas.
De acordo com o comunicado oficial do laboratório, os resultados foram “significativamente mais elevados” do que o previsto, o que levanta sérias preocupações sobre os riscos associados ao consumo de tais produtos.
Ameaça química
Ao todo, 65% das amostras possuíam níveis elevados de Myclobutanil, um famoso pesticida de amplo espectro muito utilizado em lavouras de uva, amêndoas e morangos.
No caso da maconha, o uso de Myclobutanil é ainda mais perigoso. Quando o princípio ativo do pesticida é aquecido (como acontece ao fumar maconha), ele se ele se converte em cianeto de hidrogênio, um produto químico altamente tóxico.
O uso de pesticidas no cultivo de maconha é uma preocupação em todos os estados norte-americanos que já regulamentaram o uso de maconha. No Colorado, por exemplo, já teve até “recall” de erva motivado pelo excesso de veneno.
Não custa lembrar: prefira orgânico, sempre!