Checar os perfis das pessoas, conferir as últimas novidades/fofocas e assistir a inúmeros vídeos de qualidade duvidosa: o Facebook é uma infinita fonte de procrastinação. Mas você sabia que a rede social criada por Mark Zuckerberg é tão viciante quanto cocaína?
Pelo menos é isso o que afirmam diferentes especialistas em saúde. Segundo reportagem da Fox News, as mídias sociais podem gerar os mesmos efeitos aditivos de curto prazo que drogas como cocaína e opioides, drogas que induzem o cérebro a libertar dopamina, produzindo uma série de sentimentos positivos no usuário.
Ao receber um comentário ou “like” no Facebook, a pessoa experimenta uma liberação de dopamina semelhante à causada pelo uso de tais drogas.
Vale lembrar que muitas coisas induzem a liberação de dopamina no cérebro humano, como por exemplo o sexo e a comida. Ou seja: só porque determinada ação causa uma liberação de dopamina não significa que cause o vício.
No entanto, há quem argumente que os efeitos das mídias sociais são mais prejudiciais para a sociedade do que o uso de drogas pesadas.
Impacto das redes sociais no cérebro
A relação entre usar o Facebook e obter uma sensação similar à da cocaína já foi levantada em estudo como este, realizado em 2014 por uma equipe da Universidade do Sul da Califórnia, que comparou os efeitos da rede social ao das sensações experimentadas através do uso de cocaína ou jogos de azar.
Keith Humphreys, professor e diretor de Políticas de Saúde Mental no Departamento de Psiquiatria e Ciências do Comportamento da Universidade de Stanford, disse que os seres humanos são animais sociais, então não há motivo para acreditar que a interação social online teria um caminho de recompensa diferente.
“As drogas afetam as mesmas vias de recompensa do cérebro que são fundamentais para o nosso funcionamento, ou seja, o caminho que te faz comer quando está com fome, a se aquecer quando está com frio. O fato de que algo ativa o mesmo caminho que a cocaína não significa que é viciante, só que é gratificante”, esclarece o professor.