A síndrome de Lennox-Gastaut é um tipo de epilepsia que geralmente se manifesta durante a infância, entre o segundo e o sexto ano de vida. Mesmo com o tratamento com medicamentos aprovados, muitos pacientes continuam a apresentar convulsões. Recentemente, um grupo de pesquisadores relatou que o canabidiol pode pode ser um grande aliado no combate à doença.
A síndrome de Lennox–Gastaut é causada por diversos fatores e tem como características os tipos variados de crises convulsivas e o comprometimento cognitivo grave. As convulsões geralmente começam na infância e persistem até a fase adulta em 90% dos casos.
O canabidiol (CBD) é uma substância não psicoativa encontrada na maconha dotada de diversas propriedades medicinais. Estudos já demonstraram que a substância pode ser eficiente no tratamento da acne, esquizofrenia, ansiedade, dependência de opióides e álcool, e epilepsia (1, 2).

As convulsões na síndrome de Lennox-Gastaut geralmente começam na infância e persistem até a fase adulta em 90% dos casos.
Recentemente, um grupo de pesquisadores relatou na renomada revista científica New England Journal of Medicine que o CBD também é eficiente no controle das convulsões em pacientes com a síndrome de Lennox–Gastaut.
No estudo, foram avaliadas duas doses de CBD, administradas duas vezes ao dia por via oral. É importante ressaltar que o CBD não foi utilizado em substituição, mas sim como adjuvante no regime de medicação antiepiléptica convencional nos pacientes com a síndrome de Lennox-Gastaut.
Os pesquisadores observaram que ambas as doses de CBD tiveram a propriedade de reduzir o número de crises convulsivas. A dose menor, 10 mg de CBD, reduziu as crises em 37,2%. Já na dose maior, 20 mg, a redução foi de 41,9%. Além disso, os efeitos colaterais mais comuns relatados durante o tratamento com CBD foram apenas sonolência, diminuição do apetite e diarréia.
*Por Lia Esumi: Bióloga, MS/PhD em Psicobiologia e colaboradora no Maryjuana.