Na Califórnia, uma garotinha de 5 anos ganhou permissão especial para levar maconha medicinal para a escola.
Portadora de síndrome de Dravet – uma forma rara de epilepsia – Brooke Adams, de 5 anos, utiliza óleo de cannabis no tratamento da doença. Sem o medicamento, a pequena não consegue frequentar as aulas, pois as severas convulsões ocorrem subitamente.
Por este motivo, a criança deve carregar o óleo de maconha consigo o tempo todo, segundo explicou sua mãe, Jana Adams, ao The Press Democrat.
Tal situação tornou-se problemática assim que Brooke iniciou sua vida pré-escolar, transformando-se numa verdadeira disputa jurídica entre o Distrito Escolar de Rincon Valley e a família Adams.
No início do ano, o Distrito Escolar impediu Brooke de trazer sua medicação para a escola, alegando barreiras estaduais e federais que proíbem a presença de maconha medicinal nas escolas. Os advogados que representam a família da criança dizem que a postura do Distrito viola as regras que protegem os alunos com deficiências.
Ordem judicial
Na segunda-feira (13/8), a garotinha finalmente pôde iniciar as aulas na pré-escola sob ordem judicial que lhe permite frequentar a escola enquanto um juiz decide se o Distrito Escolar de Rincon Valley pode proibir a medicação.
A ordem permite que Brooke leve seu óleo de cannabis para a escola e exige que uma enfermeira esteja disponível para administrar a medicação à menina, se necessário.
Com a recente aprovação pela FDA de um remédio à base de maconha para tratamento da epilepsia, é provável que muitas outras escolas nos Estados Unidos sejam acusadas por práticas discriminatórias caso tentem impedir que alunos, como Brooke, frequentem as aulas.