Nos estados onde a venda de maconha é legalizada, crescimento é maior entre as mulheres e a geração Z.
Em Portland, cidade que disputa o título de capital hipster americana com Austin e São Francisco, o consumo de maconha é permitido tanto para uso recreativo como medicinal.
Lojas conhecidas como dispensários, com fachadas discretas ou com a folha da cannabis junto a algum logo, vendem o produto selecionado por tipo, indica ou sativa, com diferentes concentrações de THC e CDB. Qualquer pessoa pode comprar, apresentando o Social Security Number, que funciona como cédula de identidade, ou o passaporte.
Junto a cada tipo de maconha, disposta em balcões de vidro como em uma farmácia, estão discriminados os efeitos mais comuns: aumento de apetite, de sono, vontade de rir, e por aí vai. Por lá, o que tem se visto em tempos de quarentena por coronavírus é um aumento da venda do produto.
De acordo com dados da Headset, empresa de análise de mercado de cannabis, o estado do Oregon, ao qual pertence a cidade de Portland, registrou um aumento de 75% nas vendas na semana passada em relação à anterior, com um tíquete médio de 43 dólares, contra 32 dólares no período anterior.
Outros estados americanos registraram movimento semelhante nos mesmos períodos avaliados. Na Califórnia, um estado também considerado liberal nos costumes, houve um aumento de 159% das vendas. Em Washington, o crescimento registrado foi de 100%, com um gasto médio de 33 dólares por consumidor, 22% a mais do que na semana anterior. Até no Colorado, estado mais próximo do pensamento conservador, o aumento foi de 46%.