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Dr. Bud responde: faz mal treinar chapado?

São muitas as controvérsias que envolvem o uso de maconha e a prática de exercícios físicos. Deve ser por isso que, quase diariamente, alguém me pergunta sobre o tema aqui no Maryjuana.

Como já foi visto em reportagens anteriores, a erva não atrapalha no desempenho esportivo e pode, inclusive, dar aquele gás extra aos treinos – que o diga nosso mestre El Dabber Libre! Mas de que forma a maconha pode ajudar – ou atrapalhar – na malhação?

Para esclarecer essa questão que assombra maconheiros-marombeiros em todo o mundo, o cardiologista mais legalizado do Brasil está de volta na área. “Não é qualquer maconha que vai melhorar seu rendimento em qualquer tipo de esporte, mas de modo geral a cannabis é benéfica aos esportistas”, sentencia Dr. Bud*.

Confira a seguir algumas dicas para usar a chapação a favor de um estilo de vida mais ativo & saudável:

Pegue leve no pré-treino

É óbvio que depois de passar o domingo todo fumando um no sofá você dificilmente estará no pique de correr 4, 20 metros que sejam. Mas, se bem dosada, a erva pode te ajudar a manter o foco e a concentração – o que é essencial para praticantes de musculação, crossfit e artes marciais em geral. “Doses moderadas de uma strain de predominância sativa, por exemplo, aumentam a sensação de energia e estimulam a prática das mais diversas atividades físicas”, recomenda Dr. Bud.

Mas o que são “doses moderadas”? “Pressupondo-se que a cannabis será consumida através de cigarros – o que não é o mais indicado, embora seja o mais comum – é difícil estabelecer uma dosagem. Mas cada um sabe seu limite. O ideal é dar poucas tragadas, até porque muita fumaça diminui a capacidade respiratória essencial para o desempenho dos exercícios físicos. Se possível, opte por vaporizadores.”

Concentrados e haxixes também devem ser evitados – ou consumidos com a devida parcimônia – no pré-treino.

Mantenha-se hidratado

Fundamental para qualquer esportista, a hidratação correta deve estar entre as maiores preocupações de um atleta canábico. “A aceleração da respiração ocasionada pelos exercícios físicos tende a acentuar a sensação de boca seca que costuma acontecer após o uso de cannabis”, explica Dr. Bud. Portanto, não sequele e mantenha sua garrafinha d’água sempre à mão.

Desfrute da chapação em dobro

A combinação de endorfina + canabinoides é comprovadamente um sucesso. Tanto que existe uma expressão conhecida como “runner’s high”. “Há estudos que apontam que a prática de exercícios físicos ativa o sistema endocanabinoide assim como o uso de maconha”, explana Dr. Bud. “Especula-se que isso seja devido ao fato de que o corpo produz seus próprios canabinoides naturalmente como um mecanismo para aliviar as dores musculares.”

Guarde a bomba para o pós-treino

É no pós-treino que a maconha se revela a melhor amiga dos marombeiros da fumaça. Capaz de induzir o relaxamento, a erva ajuda a aliviar dores, cansaço e estresse. “A maconha permite que se durma melhor e diminui a percepção sobre as dores e o estresse, mas  sem causar a dependência e os efeitos colaterais causados pelos medicamentos alopáticos comumente prescritos nestes casos”, aponta Dr. Bud.

Ou seja, a erva que você economizou antes do treino pode ser consumida sem medo de ser feliz na saída da academia. “Quem quer relaxar de verdade deve optar por variedades de predominância indica, com maior índice de canabidiol (CBD).”

Quem curtia fumar um depois dos treinos era Arnold Schwarzenegger nos bombados tempos de fisiculturista, como mostra o vídeo abaixo, extraído do documentário “Pumping Iron”:

Use a maconha como aliada da dieta

Enquanto quem quer emagrecer precisa reduzir o número de calorias ingeridas, aqueles que desejam ganhar massa muscular devem comer mais. E o que pode ser melhor para aumentar o apetite senão uma boa dose de maconha? “Muita gente tem dificuldade de comer de três em três horas, como indicado pelos nutricionistas. E é aí que mais benefícios da maconha se revelam, pois a erva facilita essa rotina alimentar, ao mesmo tempo em que melhora o sono e alivia o estresse”, relata Dr. Bud.

Pra completar, fumar unzinho sempre ajuda a aprimorar o sabor daquele frango grelhado com salada de todo dia.

Atenção às laricas 

A larica descontrolada, no entanto, pode desembocar em péssimas escolhas alimentares.  “Enquanto está sob a influência da cannabis, a pessoa fica mais vulnerável às tentações”, lembra Dr. Bud. Para não estragar sua dieta com salgadinhos, biscoitos e porcarias em geral, a solução é não ter tais alimentos à mão. “Mantenha a geladeira recheada com frutas, verduras, castanhas e alimentos integrais. Utilize a larica para descobrir novos sabores e criar pratos a partir de ingredientes naturais e saudáveis.”

* nome fictício; pseudônimo de um experiente cardiologista & canabista formado por uma das mais importantes universidades brasileiras de Medicina. Com 20 anos de profissão e de fumaça, adora pesquisar as relações entre cannabis e saúde. Responsável por um movimentado consultório em algum canto qualquer do país, por motivos óbvios ele prefere ser identificado apenas como Dr. Bud, “até que a maconha seja finalmente legalizada”, como costuma dizer. Nas horas vagas, é o consultor Maryjuana para assuntos medicinais em geral. 

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