O algoritmo considera milhões de dados sobre o contexto religioso, político e econômico de cada país, bem como debates nas redes sociais. No futuro, pode ser usado para avaliar a probabilidade de outras decisões políticas.
Uma consultoria portuguesa, fundada por três professores da Universidade do Porto, criou um algoritmo que prevê quais os próximos países a legalizar a cannabis para uso medicinal ou recreativo. Baseia-se em técnicas de inteligência artificial que permitem analisar uma grande quantidade de dados automaticamente. No total, foram consideradas 98 variáveis distintas que incluem o contexto religioso, político e econômico dos países, bem como a liberdade de imprensa, o índice de desenvolvimento humano e a popularidade de debates na Internet sobre o tema. Todos os dados provém de bases de dados públicas.
“Também entrevistamos especialistas na área para perceber se os resultados do algoritmo faziam sentido. Por exemplo, médicos especialistas em oncologia que usam opioides no tratamento dos pacientes”, explica Pedro Amorim, professor na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, que ajudou a fundar a LTPlabs, a empresa de consultoria por detrás do desenvolvimento do algoritmo.