Se estivesse vivo, o geminiano Jack Herer completaria 81 anos hoje.
Um dos principais ativistas canábicos de todos os tempos, Jack Herer é considerado o pai do movimento a favor da legalização da maconha.
Nascido em Nova York em 18 de junho de 1939, ele é um dos principais responsáveis pela revolução do pensamento sobre a cannabis na década de 1990, sobretudo no que diz respeito às aplicações industriais do cânhamo.
Seu livro – intitulado “The Emperor Wears No Clothes” (“O Imperador Está Nu”) – transformou-se em uma das obras mais clássicas da literatura canábica, ajudando a pautar a mídia, outros autores e ativistas ao longo do tempo.
Origem
Nascido em uma família republicana, Jack Herer iniciou a vida inserido em um conjunto de crenças e valores muito distintos daqueles que adotaria mais tarde.
De acordo com artigo do site Way of Leaf, o jovem Jack passou um tempo servindo como policial militar durante a Guerra da Coréia. Mas a situação mudou drasticamente depois que a guerra – e a carreira militar – acabaram.
Foi em 1967, com a mudança de endereço para Los Angeles, na Califórnia, que Herer descobriu a planta que transformaria sua vida por completo.
Ativismo
Depois de descobrir a maconha, Herer passou a dedicar sua vida a estudar e educar sobre a planta.
Mergulhou de cabeça em pesquisas e vivências, que culminaram por servir de matéria-prima para o livro “The Emperor Wars No Clothes”.
Lançada em 1985, a obra compila informações preciosas reunidas durante 12 anos.
O autor usou a ideia do conto “As Roupas Novas do Imperador”, de Hans Christian Andersen, para explicar que a proibição da maconha é “um complô contra a humanidade”.
Herer acreditava que a proibição consistia numa conspiração dos governantes para colocar o povo contra a planta, com o objetivo de proteger investimentos nas “indústrias farmacêutica, energética e do papel, e para dar a estas indústrias venenosas e sintéticas uma vantagem em relação ao cânhamo natural”.
O livro oferece uma recompensa de US$100,000 para quem conseguir provar que a premissa abaixo está errada:
Se todo o óleo fóssil e seus derivados, assim como as árvores utilizadas na construção e para produzir papel, fossem banidos para salvar o planeta, revertendo o efeito-estufa e parando o desflorestamento; então só existe uma conhecida fonte natural renovável anualmente que é capaz de suprir a maior parte das necessidades de papel e produtos têxteis do planeta; toda a utilização de transportes e energia industrial doméstica, simultaneamente reduzindo a poluição, reconstruindo o solo e limpando a atmosfera, tudo ao mesmo tempo… e esta substância é – a mesma que era antes de tudo – a cannabis… Marijuana!
Legado
Além do lançamento do livro, Herer comandava diversas campanhas e movimentos junto às comunidades norte-americanas.
Ele foi o fundador e diretor da HEMP, organização criada para ajudar a acabar com a proibição da maconha, através da qual fez palestras sobre os benefícios da cannabis.
Herer também foi um dos fundadores do inovador Zine G.R.A.S.S.: Great Revolutionary American Standard System, que permitiu que a qualidade da maconha fosse medida com precisão em uma escala de 1 a 10.
O ativista foi ainda pioneiro no mercado canábico norte-americano ao abrir headshops na Califórnia e Oregon.
Morto em 15 de abril de 2010, Herer infelizmente não chegou a viver para ver um único estado legalizar a maconha para uso recreativo – o que só aconteceu em 2012, com a legalização no Colorado.
Brisa forte
Jack Herer também é sinônimo de maconha – e da melhor estirpe!
A strain, desenvolvida pela Sensi Seeds e batizada com o nome do ativista, já conquistou copas canábicas, sendo famosa pela qualidade e potência.
Fruto de uma cruza poderosa de Haze, Northern Lights # 5 e Shiva Skunk, possui predominância sativa e alto teor de THC.
Produz efeitos energéticos, estimulando a euforia e criatividade. Seu aroma é pungente, com notas de madeira e pinho.
*Fotos: Sensi Seeds
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