O cânhamo (ou hemp, em inglês) é uma variedade da planta Cannabis sativa que é cultivada especificamente para uso industrial e principalmente como fonte de fibras.
À medida que a tecnologia avança, novos produtos derivados do cânhamo vão surgindo. Recentemente, uma novidade começou a fazer sucesso nos supermercados americanos: o hemp milk, ou leite de cânhamo!
O cânhamo deixou de ser uma mera fonte de fibras para a fabricação de cordas e tecidos. Hoje já são encontrados no mercado mundial roupas, plásticos biodegradáveis, tinta, materiais para construção e até biocombustível derivados do cânhamo. Porém, a tendência do momento é o emprego das sementes da planta na indústria alimentícia.
As sementes de cânhamo podem ser prensadas para obtenção de óleo, comidas cruas, torradas e germinadas. Já o leite de cânhamo é produzido através da imersão e moagem das sementes na água.
O produto pode ser um ótimo substituto para o leite de vaca, podendo ser consumido por veganos, pessoas alérgicas à proteína animal do leite ou que são intolerantes à lactose.

(Esq.) Sementes de cânhamo. (Dir.) Opções de leite de cânhamo já encontradas no mercado internacional.
Em comparação ao leite de vaca desnatado, o leite de cânhamo possui menor quantidade de calorias e proteínas, mas maior quantidade de gordura. Por exemplo, a porção de uma xícara de leite de cânhamo (sem açúcar) contém aproximadamente 70 calorias, 5 gramas de gordura total, 0,5 gramas de gordura saturada, 0 miligramas de colesterol (pois é derivado de um vegetal), 2 gramas de carboidratos e 3 gramas de proteína. Já a mesma porção de leite de vaca desnatado possui 83 calorias, 0 grama de gordura, 5 miligramas de colesterol, 12 gramas de carboidratos e 8 gramas de proteína.
Apesar dos benefícios, o leite de cânhamo ainda encontra uma certa resistência por alguns consumidores. Por ser uma variedade da Cannabis sativa, muitas pessoas acreditam que o produto contém o Δ9-Tetraidrocanabinol, ou Δ9-THC, o principal componente psicoativo da planta. Porém, a semente de cânhamo utilizada para a produção de leite não contém Δ9-THC.
Fonte: LiveStrong
*Por LIA ESUMI: Bióloga, MS/PhD em Psicobiologia e colaboradora no Maryjuana